Hoje não me apetece escrever. Nem escrever nem fazer coisa alguma. Escrever não sei. Não sei hoje como não soube ontem e não saberei amanhã. Tudo o que escrevi são coisas sem valor e sem importância.
Mas mesmo sem importância hoje não saem.
Faltam-me as palavras. Há, dentro de mim vontade, ânsia, necessidade de dizer coisas aos outros. Coisas que eu vivi, que só eu vivi e que gostava de partilhar.
Criticar o mundo estúpido que me rodeia.
E nada!
Não sei. Falta-me a arte. Escrever é uma arte que não se inventa, não se aprende olhando a escrita. Ninguém poderá dizer-nos como devemos escrever, as palavras têm de estar dentro de nós e, quando não estão ninguém as vai lá pôr.
Eu hoje não tenho palavras dentro de mim. Estou vazia. Não posso ir ali ao mercado comprar palavras, comprar a arte de escrever. Não se vende. Mesmo aqueles que a têm, e há quem tenha muita, não conseguem transferi-la para outros. Nem sequer é hereditária. A arte faz parte de nós tão intrinsecamente que não a podemos deitar fora.
Mas por vezes essa arte parece abandonar-nos. E nós ficamos assim como esmagados pela realidade.
Tanta coisa a necessitar de ser dita. Tanta coisa a exigir que falemos. Tanta coisa a exigir a nossa opinião.
E nada!...
Não sai nada!
Que raiva......
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