Muitas vezes falamos de solidão em tom de receio mas, se pensarmos bem, a solidão faz parte de nós toda a vida. Nascemos sós e morreremos sós. Muitos dos aspectos mais importantes das nossas vidas têm a ver com o espaço que temos dentro de nós e onde não permitimos a entrada de ninguém.
O que existe é o receio. É o medo de enfrentar esse medo. Não quero dizer, contudo, que estarei imune a este receio. Não estou e julgo que ninguém estará.
Mas vejamos, estar só não significa sentir-se só e estar rodeado de gente não significa não se sentir solidão. Quantas vezes não sentimos o coração gelado pela solidão enquanto uma multidão nos circunda. E quantas vezes não nos sentimos felizes mesmo estando sozinhos. É tudo uma questão de perspectiva, julgo eu. De descobrirmos o prazer de estarmos na nossa própria companhia, de gostarmos de estar connosco.
É verdade que me preocupa um pouco o futuro. Entristece-me saber que muitos de nós, na velhice, não iremos ter companhia. Parece cruel dizer isto, mas é um facto, acontece e todos sabemos que nos dias que correm acontece ainda com mais frequência. Isto assusta-me, não o nego. Mas não temo sentir este medo. Penso que, se estivermos de bem com o nosso íntimo, a solidão nunca será um inimigo que tenhamos que enfrentar.
Talvez seja assim, talvez não. Talvez eu me considere auto-suficiente e ainda não o seja mas quero com toda a certeza vir a ser. Talvez até esteja errada, mas tenho a plena convicção que a maioria de nós procura nos outros respostas que só conseguirá encontrar dentro de si...
Não pretendo ser uma ilha, quero antes ser como um golfinho e percorrer todos os oceanos e saborear toda a turbulência e toda a calmaria deste mar. E, quando uma onda me empurrar para a praia, eu quero poder lembrar-me que antes de precisar de alguém é de mim própria que eu necessito.
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