É este o título de um livro escrito por um ex-inspector da PJ, Pereira Cristóvão, onde relata o interior da investigação que fez parar o país há 3 anos pelo horror que suscitou em todos os que ouviam as notícias. Trata-se do caso da menina que foi morta pela mãe e pelo tio, no dia 12 de Setembro de 2004.
Com este livro, segundo o autor, pretendeu acabar de vez com o mito de que a menina teria sido raptada visto ser possível que, pelo horror dos actos de que a mãe e o tio são acusados, haja pessoas que não consigam acreditar em tal.
Este ex-inspector decidiu sair de vez da sua actividade profissional no dia em que ele e vários colegas, devido às acusações de agressões por parte da mãe da menina, terem sido sujeitos a interrogatórios e acareações como se de reles criminosos se tratassem.
Com muito sentimento, refere que foi o caso mais difícil da sua carreira de 17 anos ao serviço da Polícia Judiciária. As declarações prestadas pelo tio da menina brutalmente assassinada foram pormenorizadas, ao ponto de se deter a explicar como tinha tido sérias dificuldades durante o esquartejamento da sobrinha, em certas articulações. Diz Pereira Cristóvão que se percebia claramente que ele estava empenhado no que estava a dizer.
Durante as investigações, as pessoas que privavam com a família descreveram a menina como sendo precocemente adulta, que raramente falava e não brincava. Na busca à residência, o que mais o chocou foi encontrar um coração em cartolina feito pela Joana que dizia "Amo-te Mãe". Mesmo um investigador, por muito duro que seja e que esteja habituado aos horrores de um homicídio , sente-se afectado por uma coisa destas.
Não consigo conceber o que leva alguém a cometer actos desta selvajaria e sei que nunca o vou conseguir por mais que me esforce. Como poderemos classificar seres desta natureza como sendo humanos? Nem sequer animais lhes podemos chamar porque até estes cuidam das crias com desvelo!
Ao ler a reportagem sobre o lançamento do livro e as últimas palavras do seu autor "Os polícias também choram", só me vinham à cabeça as palavras de um poema que aprendi na escola primária e que ainda hoje sei de cor porque me tocou muito: " Que quem já é pecador, sofra tormentos, enfim. Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor, porque padecem assim?!"
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