Às vezes esqueço-me de quão difícil é crescer e, aí, desato a fazer exigências e recomendações como se esperasse realmente ser ouvida. Esqueço-me que crescer é evoluir por si mesmo, é descobrir sentimentos que estão lá escondidos, esperando apenas uma oportunidade para emergirem com toda a força. E que temos que tentar compreendê-los e interpretá-los usando todas as nossas capacidades de aprendizagem sem que venha alguém dizer que isto quer dizer aquilo e que se fizermos assim certamente será melhor. Crescer é descobrir sozinho o caminho que vamos percorrer mesmo que nos arrisquemos, pelo meio, a ficar com umas nódoas negras ou um coração despedaçado.
Crescer é ir devagar, é dizer "NÃO", dizer "SIM" e também "TALVEZ", conforme nos apeteça ou dê vontade. É resolver problemas que nem sequer sabemos como arranjámos e, nesse processo, ir adquirindo algo fundamental que se chama responsabilidade.
É aprender a ser selectivo, é ter que escolher algo para toda a vida numa altura em que ainda não se sabe muito bem o que se quer. Crescer é, também, saber que está na altura de ir ao dentista ou que é sensato levar um guarda-chuva quando nuvens negras se aproximam.
Talvez crescer seja, antes de tudo, autoconhecimento e respeito pelos próprios limites. Porque neste livro a que chamamos vida usamos muitas vírgulas e reticências, interrogações e exclamações, mas o ponto final todos temos receio de conhecer.
Desculpa, filho, por muitas vezes me esquecer do que é CRESCER.
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