Beja está em polvorosa! Até já aparece na televisão e, como é óbvio, quando isso acontece raramente é pelos melhores motivos. Os casos envolvendo alunos e docentes parecem estar na ordem do dia e é sempre por coisas que não lembram ao diabo mais velho.
Desta vez deve-se o alvoroço a duas professoras das AECs (Actividades Extra-Curriculares) que leccionam Inglês em duas escolas de Primeiro Ciclo da cidade. Uma delas, segundo dizem, ia dar as aulas acompanhada pelo marido ou pelos pais pois não conseguia disciplinar a criançada. É triste quando uma pessoa que deseja fazer do ensino a sua profissão se vê numa situação destas!
Acredito que a situação seja insustentável e como tal acho correcto o afastamento da docente em causa, mesmo para o seu próprio bem. Mas posso falar com conhecimento de causa do que se passa naquela escola pois já pertenci ao Agrupamento que a integra e, estando presente alguns anos no Conselho Pedagógico, onde esses assuntos são debatidos, sei bem o género de crianças que a frequentam. Desde agressões violentíssimas entre colegas a indisciplina pura e dura dentro das salas de aula (até armários eram deitados ao chão!) de tudo ali se passava. A escola encontra-se inserida num bairro problemático da cidade onde pouco se pode contar com os pais para desempenharem o seu papel como seria normal.
Parecia-me justo que fossem abordados os dois lados da questão e não transformar a pobre professora no alvo de chacota de uma cidade inteira. Depois, em relação ao outro caso, fala-se de métodos disciplinadores pouco adequados que incluíam escrever dezenas de vezes a mesma palavra no quadro, pôr os alunos a fazer flexões e escreverem sentados no chão.
É claro que não defendo tais métodos, mas consigo entender perfeitamente o estado de espírito de uma professora que, não conseguindo fazer-se respeitar nem desempenhar a sua tarefa, dia após dia, aula após aula sendo desautorizada e quem sabe até gozada, perde um bocado a perspectiva do que deve ou não fazer e acaba por adoptar métodos que nunca seriam necessários se o papel de educadores dos pais fosse correctamente desempenhado pelos mesmos e se as crianças chegassem às escolas sabendo que o professor é uma pessoa para ser respeitada, tal como o pai ou a mãe.
Ninguém imagina o que se passa nas escolas a não ser quem lá passa os dias e podem ter a certeza que, actualmente, ou os professores são realmente "tesos" ou quando dão por isso já têm um par de estalos (ou coisa pior) em cima!
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