Mais um lar de 3ª idade encerrado por falta de condições de espaço e de higiene. Desta vez foi em Évora, onde a ASAE foi encontrar 20 idosos a viver num apartamento de três quartos.
Em Portugal são mais de 120 os lares suspeitos de funcionarem sem respeitarem as condições necessárias para que pessoas que, encontrando-se fragilizadas pela idade e pelas doenças a ela associadas, possam viver os seus últimos anos de vida com a dignidade que merecem.
A Segurança Social afirma que a maioria dos lares funciona com poucas condições e que os idosos sofrem cada vez mais nestas instituições, o que nos mostra um panorama que nos faz pensar.
Uma grande parte dos profissionais que cuidam dos idosos nos lares encontra-se «em situação de stress profissional» provocado por «dificuldades em aceitar o envelhecimento [e tudo o que com ele se relaciona] como um processo normal», refere fonte do Instituto da Segurança Social. «Lidar com a morte e o luto com muita frequência pode provocar comportamentos que precisam de tratamento», adianta. Se esse tratamento for adiado «poderá levar à síndrome de esgotamento» que gera «comportamentos agressivos, irritabilidade, cansaço, depressão, conflitos interpessoais com os utentes e consequentemente mais violência», explica a psicóloga Cátia Filipe.
Assim, muitos idosos, indefesos, sofrem nas mãos de quem devia cuidar deles e os familiares não se apercebem pois muitos pagam para que lhes seja retirado um peso de cima das costas. Há, inclusive casos em que, depois de entrarem nessas instituições, os idosos deixam de receber visitas dos familiares o que os faz sentir sós e abandonados e são esses sentimentos que, por vezes, os faz terem atitudes que irritam os funcionários e os faz ter atitudes pouco dignas em relação a quem deles necessita.
Confesso que esta situação me toca especialmente. Custa-me pensar nestas pessoas a (sobre)viverem apenas à espera da morte, sem ninguém que lhes dê carinho e os conforte, como fizeram aos filhos quando eram pequeninos e tenho um enorme receio do que acontecerá quando chegar a minha vez de precisar desses cuidados ( se chegar a precisar, claro) porque cada vez se vive com maior rapidez, sobrando ainda menos tempo para coisas que são realmente importantes, como a família, o que não augura nada de bom para o futuro.
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