Sábado, 21 de Novembro de 2009

Morrer devagar

Morre devagar quem não se ama a si mesmo, quem não olha em seu redor, quem não ajuda o seu semelhante, quem insiste em se isolar.

Morre devagar quem destrói ou permite que lhe destruam o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, quem se transforma em escravo da rotina, repetindo todos os dias os mesmos gestos e percursos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou a conversar com quem não conhece.

 Morre devagar quem evita uma paixão com medo de sofrer, quem prefere o negro ao vermelho e os pontos nos "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, das que trazem o brilho aos olhos, mudam os bocejos em sorrisos e põem os corações a bater descompassados.

Morre devagar quem não reage quando está infeliz com o seu trabalho, com o amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre devagar, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante... Morre devagar, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando questionado sobre algo que sabe.

Evitemos essa morte lenta, recordando sempre que viver exige um esforço muito maior que o simples acto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos tudo o que preenche os nossos sonhos.

publicado por daplanicie às 22:19

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Sábado, 14 de Novembro de 2009

Filho querido

Ter um filho  adolescente é das experiências mais compensadoras e, simultaneamente, mais difíceis porque passamos ao longo da nossa vida. Por vezes podemos ter a tendência de tratá-los como jovens adultos mas, na verdade, não o são. São crianças em transição e as suas necessidades, inclusive as emocionais, são ainda infantis. Precisam de todo o nosso amor e aceitação, de serem cuidados e de saberem que os amamos incondicionalmente.

A passar por esta experiência pela terceira vez, continuo a pensar que o fundamento de uma boa relação com um filho adolescente é este amor incondicional, que permite ultrapassar problemas como ressentimentos, culpa, medo ou insegurança. Outra coisa fundamental é nunca nos esquecermos de que já fomos adolescentes e não tratarmos os nossos filhos como detestávamos que os nossos pais nos tratassem a nós. Não consegui ainda compreender porquê, mas parece que temos sempre uma certa tendência em sofrer de um tipo de estranha amnésia selectiva que nos leva a cometer os mesmos erros que tanto nos irritaram quando passámos por essa fase tão difícil.

Ainda há pouco estávamos aqui os dois, sentados no sofá a ver o programa Ídolos e, ao ouvir os seus comentários divertidos e inteligentes e ao assistir às suas imitações dos concorrentes mais "disparatados", pensava como tenho sorte em ter um filho tão especial e em como nos divertimos juntos. Há uns dias disse-me "Quando eu começar a trabalhar vou comprar-te tudo o que tu quiseres!", enquanto me passava o braço por cima dos ombros numa atitude protectora,  e eu senti um orgulho imenso dentro do meu coração, uma emoção impossível de exprimir por palavras.

Ás vezes fico a olhá-lo adormecido, envolvido na paz dos sonhos e sinto claramente e sem sombra de dúvidas que é, tal como os irmãos, parte de mim, a parte mais importante do meu EU. E detenho-me a recordar que ainda há tão pouco tempo, era um menino pequenino, que eu abraçava até se queixar que eu o apertava demais.

Sei que crescerá e isso é tudo o que eu mais desejo, que cresça forte, seguro e feliz! E quero que que voe, que alcance tudo o que mais deseje, que seja um ser humano maravilhoso e, acima de tudo, que conserve sempre o seu coração puro de criança. Mas que isso aconteça bem devagar, pois não estou ainda preparada para deixar o meu "passarinho" sair do ninho...

publicado por daplanicie às 21:29

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Sábado, 26 de Setembro de 2009

Recomeçar

Recomeçar. Uma palavra que inspira medo e esperança ao mesmo tempo, num sentimento ambíguo tão típico do ser humano.

Recomeçar significa estar exposto aos mesmos erros e perigos já vividos, poder ser enganado novamente, sofrer decepções e todos os riscos que implicam o fazer um novo trajecto. Se a perspectiva for só por esse ângulo, realmente é de se temer o recomeçar.

Acontece que o medo turva os olhos, restringe horizontes, esconde as oportunidades. Recomeçar é dar uma nova oportunidade à vida, oportunidade de fazer melhor, corrigir erros, aprender, evoluir. Recomeçar é ter uma – ou várias – páginas em branco, esperando que nela escrevamos uma nova história, aquela em que somos os autores e podemos criar cenários e enredos.

Recomeçar como recomeçam as árvores em cada Primavera, vestindo de verdes os ramos queimados pelo frio do Inverno. Recomeçar.

É preciso coragem, força e uma dose de imprudência. Sim, essa imprudência que fez Vasco da Gama atirar-se por mares “nunca dantes navegados” e o primeiro homem pisar a Lua. A imprudência dos amantes que se esquecem do mundo e das convenções em nome do sentimento.

Andar por novos caminhos, conhecer outras gentes, ver novos lugares, encontrar novas formas de ser feliz.

Renascer. Reviver. Reinventar. Recomeçar.

O caminho está à nossa espera.


publicado por daplanicie às 17:10

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Domingo, 20 de Setembro de 2009

Os filhos crescem

Os filhos são a nossa vida. Desde que nascem, a nossa vida começa a desenrolar-se em função deles, das suas necessidades, do seu bem estar e, muitas vezes, até dos seus caprichos.

Mas, a cada minuto que passa, os filhos crescem e, quando damos conta, transformaram-se em adultos autónomos e independentes que já não precisam dos nossos cuidados constantes, embora nós teimemos em querer continuar a dar-lhos. Coisas de mãe!

A minha filha, segue segura o seu destino, com uma alma linda sempre repleta de carinho e cuidados  pelos que ama. Profissional competente, vai trilhando os seus caminhos, com o coração dividido entre a grande cidade e este cantinho do Alentejo, onde regressa sempre que a profissão lhe permite.

O meu filho, agora plenamente ciente do que quer da vida, batalha para conseguir alcançar os seus sonhos e revela-se cada vez mais alguém com quem posso contar a qualquer momento, sendo evidente o seu amadurecimento e abertura de coração e de alma a quem o ama incondicionalmente. Nunca agradecerei o suficiente a Deus pelos filhos maravilhosos que tenho!

Sempre me esforcei para que ambos soubessem que a vida é um emaranhado de encruzilhadas e que, dependendo das escolhas que fazemos, assim serão os resultados que obtemos. Sabem também que, mesmo que façam as escolhas menos certas, contarão sempre com a mãe para que consigam alcançar os seus sonhos, mesmo que com algum tempo de atraso. Porque nunca é tarde para sermos aquilo que sempre desejámos ser, esta é a grande lição que a vida tem para nos ensinar!

Tanto um como outro parecem ter encontrado as coordenadas básicas para que o seu plano de voo pela vida decorra sem sobressaltos e isso é uma coisa que me tranquiliza e faz com que tenha um imenso orgulho de ambos.

O mais novo, adolescente, tem os olhos ainda banhados pela espuma da infância, mas já emite sinais constantes de autonomia que me enchem, simultaneamente, de orgulho e preocupação. Sei que é egoísmo da minha parte, mas gostaria de poder adiar esse crescimento por mais algum tempo. Nunca sentimos os filhos tão nossos como quando são crianças e, embora seja uma fase de grandes preocupações, também é o que mais momentos de grande ligação permite, mas a verdade é que rapidamente crescem e se tornam cada vez mais independentes.

A infância e a juventude têm uma certa luz que nunca mais regressará aos nossos olhos e revê-la nos olhos dos nossos filhos é algo de verdadeiramente mágico. Os do meu filhote ainda têm esse brilho tão especial, essas fagulhas brilhantes e enternecedoras que me comovem. Há momentos em que tudo parece caber nos seus olhos: toda a sabedoria, pureza, emoção, tristezas e alegrias do mundo. No entanto, é ainda apenas um olhar de menino que já quer ser homem.

Penso que as crianças têm uma capacidade invejável de conseguir viver apenas o presente, tendo total desapego pelo que já se passou e completo desinteresse pelo que ainda há-de vir. À medida que crescemos, no entanto, vamos gradualmente movendo o nosso eixo racional em direcção ao futuro.

Os adolescentes chegam ao cúmulo de desejar que o tempo voe, sem sequer desconfiarem que é precisamente isso que ele faz, sem o podermos impedir. A certa altura do nosso crescimento, todos nos tornamos prisioneiros do que está por vir pois é no futuro que mora a realização dos nossos sonhos, as metas que desejamos atingir e as recompensas que almejamos alcançar. É para esse momento que convergem todos os nossos esforços e expectativas.

O problema é quando, em nome desse futuro incerto, deixamos de aproveitar o presente, deixamos de viver os pequenos mas felizes momentos que a vida nos oferece. É quando conferimos demasiada importância ao futuro que deixamos de viver com intensidade o presente, é em nome de coisas que podemos nem sequer chegar a viver pelos mais diversos motivos, que muitas vezes não vivemos esses momentos especiais. Esta parece-me uma situação que, embora mais comum do que seria desejável, não deixa de ser insana pois quem não vive o presente, não constrói um passado digno de nota. E será um passado rico que nos permitirá ter um cesto recheado de boas recordações para que possamos  fazer belos piqueniques no Outono da vida.

Por tudo isto, faço intenção de aproveitar cada fagulha mágica que vem dos olhos do meu filhote, porque serão elas que me iluminarão a alma quando ele tiver finalmente crescido.

 

 

P.S. - Obrigada à minha amiga Guiga que me instou a escrever de novo!

 

 

publicado por daplanicie às 13:03

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Domingo, 5 de Julho de 2009

Vencer dificuldades

7 MODOS DE ENFRENTAR AS DIFICULDADES DA VIDA

 

1 - TENHA A CONVICÇÃO DE QUE DEUS ESTÁ NO CONTROLE DE TUDO

É uma das mais firmes certezas da minha vida. Deus está sempre presente e nunca me abandona. Dá-me força para perseguir os meus objectivos e sinto sempre a sua protecção de Pai amantíssimo.

 

2- NÃO TENHA MEDO DE SITUAÇÕES NOVAS

Muitas vezes sentimos necessidade de mudar a nossa vida e não o fazemos por receio do desconhecido E, então, vivemos numa permanente insatisfação, que nos vai aniquilando a alma até praticamente deixarmos de a sentir. Mas quando conseguimos superar os nossos medos, aí sim, tudo é possível!

 

3 - TIRE PROVEITO DAS DIFICULDADES

Uma das frases mais acertadas que já ouvi diz "O que não nos mata, torna-nos mais fortes" e é essa força que podemos sempre tirar de todas as dificuldades, de todos os obstáculos com que nos deparamos ao longo da nossa jornada neste mundo.

 

4 - NÃO ESCUTE PALAVRAS DE DESÂNIMO E DÚVIDA

No nosso percurso há sempre situações de extrema dificuldade, de dolorosa resolução. Situações em que hesitamos sobre qual o caminho mais correcto a percorrer e, nessas ocasiões, surgem muitas vezes pessoas (a quem chamo "velhos do Restelo") que, ao invés de aceitarem as nossas decisões, fazem questão de incutir dúvidas e transmitir palavras de desânimo. Dessas pessoas eu quero distância!

 

5 - LEMBRE-SE DE QUE VOCE PRÓPRIO É UMA SOLUÇÃO

Querer é poder! Querer é poder, sempre! Tudo está nas minhas mãos!

 

6 - ESTEJA SE FORTALECENDO INTERIORMENTE CADA MANHÃ

A cada amanhecer eu tenho a certeza de que o novo dia me traz mais força e que algo de mágico pode sempre acontecer!

 

7 - AGRADEÇA A DEUS PELA OPORTUNIDADE DE LUTAR E VENCER

Todos os dias eu agradeço a Deus as graças concedidas confiante de que, com a Sua ajuda, eu vou sempre conseguir ser melhor e ir mais longe. É Ele o meu companheiro de batalha e, assim, é impossível perder!

 

“A NOSSA VISÃO DA VIDA DETERMINARÁ O NOSSO SUCESSO OU FRACASSO.

SEJA ENTÃO DOS QUE ACREDITAM, SE ESFORÇAM E VENCEM. DEUS GOSTA DOS QUE NÃO RECUAM.”

 

Eu não quero recuar. O céu é o limite!

publicado por daplanicie às 12:01

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Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

Sonho ou realidade?

Se um dia Deus nos dissesse: Tenho o poder de fazer-te dormir e sonhar eternamente sonhos felizes. A escolha é tua: ou ficar acordado, mortal e infeliz, ou adormecido, imortal e feliz, o que escolheríamos?
Se o ser humano procurasse apenas o prazer, se tudo se movesse pelo princípio do prazer, não há dúvida que deveríamos escolher o sonho. Contudo, experimentamos uma resistência, repugna-nos o adormecimento, parece-nos que a felicidade, no sonho, não é uma verdadeira felicidade, mas quase um sucedâneo. Não é próprio do homem ser feliz em sonho, queremos sê-lo acordados, na vida real. Mas que diferença faria para nós? Quando sonhamos não sabemos que sonhamos, a vida do sonho é subjectivamente real. Uma vez adormecidos, não podemos comparar. Mas é precisamente isso que nos perturba, o facto de não podemos acordar: isto é, de reconhecer o sonho como sonho, de distinguir a ilusão da realidade. Há decerto momentos na nossa vida em que aceitaríamos a proposta de Deus, nos momentos de dor, de tensão insuportável, ou quando nos atormenta o sofrimento físico. Estão gostaríamos de não ouvir mais nada, ou esquecer, e estaríamos dispostos a trocar a nossa pobre consciência por um sonho sereno. Algumas vezes estamos tão desesperados que desejaríamos mesmo a morte. Mas, salvo, estes períodos terríveis, há qualquer coisa que nos leva a querer estar conscientes. A nossa escolha vai instintivamente para a consciência. E os pontos mais altos da vida são também os momentos de mais alta consciência. O sono e o sonho podem ser um refúgio, um remédio, mas não um objectivo...
publicado por daplanicie às 08:49

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Sexta-feira, 26 de Junho de 2009

Eternidade

A eternidade é o nosso signo. Por isso não sentimos que não existimos antes de começarmos a existir mas apenas que tudo isso que aconteceu, antes de termos existido, foi apenas qualquer coisa a que, por acaso, não assistimos, como a muito do que acontece no nosso tempo. E à morte, invencivelmente a ultrapassamos para nos pormos a existir depois dela.
O prazer que nos dá a história do passado, sobretudo os documentos que no-lo dão flagrantemente, vem de nos sentirmos prolongados até lá, de nos sentirmos de facto presentes nesse modo de ser contemporâneo. Mas sobretudo há em nós uma memória-limite, uma memória absoluta, que não tem nada de referenciável e se prolonga ao sem fim. Do mesmo modo há o futuro que é pura projecção de nós, apelo irreprimível a um amanhã sem termo ou sem amanhã.
Por isso a morte nos angustia e sobretudo nos intriga, por nos provar, à evidência, o que profundamente não conseguimos compreender. Mas sobretudo a eternidade é o que se nos impõe no instante em que vivemos. O tempo não passa por nós e daí vem a impossibilidade de nos sentirmos envelhecer. Sabemo-lo na realidade, mas é um saber de fora. Repetimo-lo a nós próprios para, enfim, o aprendermos, mas é uma matéria difícil que jamais conseguimos dominar.
Por isso estranhamos que os nossos filhos cresçam e se ergam perante nós como adultos que não deviam ser. Por isso estranhamos os jovens pela sua estranheza de que quiséssemos, porventura, ser jovens como eles. Instintivamente sentimos que é um abuso eles tomarem o lugar que nos pertencia e nos desalojem do lugar que era nosso. Por isso sofremos, não bem por perdermos o que nos pertencia, mas pela dificuldade de isso entendermos. Há uma oposição frontal entre o nosso íntimo sentir e a realidade que isso nos desmente.
Somos eternos, mas vivemos no tempo. Somos imutáveis, mas tudo à nossa volta se muda e nos impõe a mudança. Somos divinos, mas de terrena condição. É essa condição que sabemos, mas não conseguimos aprender. Nesta oposição se gera toda a grandeza do homem e a tragédia que o marcou. Os que se fixam num dos termos são deuses iludidos ou animais que não chegaram a homens. Porque, como disse alguém, o verdadeiro homem é deus por vocação e animal por necessidade.

publicado por daplanicie às 20:35

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Sábado, 20 de Junho de 2009

Fechar a porta ao passado

Na nossa vida, bem tão precioso e tantas vezes desperdiçado, somos constantemente confrontados com decisões a serem tomadas. Umas, serão fáceis (que vestir, que cozinhar, onde passar as férias...), outras serão tão difíceis que nos consumirão por dentro até que cheguemos realmente à conclusão de qual o caminho que teremos que seguir para alcançar as nossas metas.

E, quando finalmente chegamos à conclusão do que realmente queremos, do que precisamos efectivamente de fazer para termos, pelo menos, paz de espírito, a única resolução sensata é levarmos a nossa decisão até ao fim pois qualquer outra coisa não faria o menor sentido.

 Quando enfrentamos tempos difíceis  e adversidades,  é importante tentarmos transportá-las rapidamente para um lugar chamado passado. Esquecer as experiências negativas, desagradáveis e as frustrações é necessário para que nos possamos dedicar à construção do futuro. O tempo se encarregará de dissipar os maus momentos.

As pessoas felizes não remoem amarguras e ressentimentos, apenas se preocupam em viver o presente sem perder tempo com aquilo que não resultou como desejariam. É preciso compreendermos que não é necessário desperdiçarmos energias desnecessárias em lamentações e reminiscências do que não vai voltar mais.

Penso que o hábito de fechar a porta do passado é uma das decisões mais saudáveis que podemos tomar e é sinónimo de pessoas que procuram a essência da vida na paz de espírito. Na relação de sucesso/fracasso, a decisão de deixar os fracassos para trás, convertendo as más experiências em alavancas para seguirmos em frente é, julgo eu, o mais recomendável e sensato. Quando ficamos a remoer decepções e desilusões, perdemos um tempo precioso que poderíamos investir na concretização dos  objectivos a que nos propusemos. Fechar a porta ao passado e levar connosco apenas o que é agradável e instrutivo habilita-nos, certamente, para o próximo desafio da vida... E a cada passo nos deparamos com um!

publicado por daplanicie às 22:45

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Domingo, 7 de Junho de 2009

solidão

Muitas vezes falamos de solidão em tom de receio mas, se pensarmos bem, a solidão faz parte de nós toda a vida. Nascemos sós e morreremos sós. Muitos dos aspectos mais importantes das nossas vidas têm a ver com o espaço que temos dentro de nós e onde não permitimos a entrada de ninguém.
O que existe é o receio. É o medo de enfrentar esse medo. Não quero dizer, contudo, que estarei imune a este receio. Não estou e julgo que ninguém estará.
Mas vejamos, estar só não significa sentir-se só e estar rodeado de gente não significa não se sentir solidão. Quantas vezes não sentimos o coração gelado pela solidão enquanto uma multidão nos circunda. E quantas vezes não nos sentimos felizes mesmo estando sozinhos. É tudo uma questão de perspectiva, julgo eu. De descobrirmos o prazer de estarmos na nossa própria companhia, de gostarmos de estar connosco. 

É verdade que me preocupa um pouco o futuro. Entristece-me saber que muitos de nós, na velhice, não iremos ter companhia. Parece cruel dizer isto, mas é um facto, acontece e todos sabemos que nos dias que correm acontece ainda com mais frequência. Isto assusta-me, não o nego. Mas não temo sentir este medo. Penso que, se estivermos de bem com o nosso íntimo, a solidão nunca será um inimigo que tenhamos que enfrentar.
Talvez seja assim, talvez não. Talvez eu me considere auto-suficiente e ainda não o seja mas quero com toda a certeza vir a ser.
Talvez até esteja errada, mas tenho a plena convicção que a maioria de nós procura nos outros respostas que só conseguirá encontrar dentro de si...
Não pretendo ser uma ilha, quero antes  ser como um golfinho e percorrer todos os oceanos e saborear toda a turbulência e toda a calmaria deste mar. E, quando uma onda me empurrar para a praia, eu quero poder lembrar-me que antes de precisar de alguém é de mim própria que eu necessito.

publicado por daplanicie às 21:21

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Terça-feira, 2 de Junho de 2009

Sentir a vida

Vivo em busca do sentido da vida e deparo-me com a constatação de que tudo o que vive, não vive sozinho. Há quem diga que a vida é curta, eu própria muitas vezes o afirmo. Mas, na verdade, a vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa felicidade anda aí, disfarçada, como se fosse uma criança a brincar connosco às escondidas.

Infelizmente, há muitas vezes em que isso nos passa despercebido e passamos a nossa existência a coleccionar "nãos": a viagem que não fizemos, o amor que não vivemos, o presente que não demos, as palavras que não dissemos, a festa a que não fomos, o perfume que não sentimos...

A vida é muito mais emocionante quando, em vez de meros espectadores, nos tornamos actores, personagens principais de uma história maravilhosa que nos pode encher dos tais pequenos momentos de felicidade. E, pensando nisto, tomei uma decisão importante. Quero ser o piloto desta viagem e não apenas um passageiro. Quero ser o pássaro que voa e não a pessoa que fica estática olhando o seu voltear. Quero ser a brisa que corre veloz ao invés de ser quem a sente no rosto.  Quero ser...tantas coisas! E recuso-me a medir a minha vida em anos, meses, dias, horas ou segundos. Quero medi-la em emoções, sensações, sentimentos e momentos significativos pois ela é feita de breves instantes. Porque a vida é agora e não amanhã. O amanhã pode nunca chegar e eu quero poder dizer, quando chegar a minha hora de partir...vivi!

 

publicado por daplanicie às 18:26

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