Creio que ninguém duvida que ter filhos é uma benção. Creio também que qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade imaginará facilmente o sofrimento dos milhões de casais inférteis por esse mundo fora. Pessoas com todas as condições, afectivas e não só, para poderem dar um lar digno e amoroso a uma criança mas que, por um capricho do destino, se vêem impedidos de tal.
Por isso mesmo me sensibiliza muito a sua luta para conseguirem ter a tão desejada criança. Os inúmeros tratamentos a que se sujeitam, gastando o que têm e o que não têm, já que da comparticipação prometida pelo estado ainda não houve vislumbre para, muitas vezes, a esperança se transformar em desgosto cada vez mais profundo a cada mês, a cada ano que passa.
Por isso mesmo me sensibilizou há dias uma reportagem que li sobre uma senhora americana que se tinha submetido a um tratamento de infertilidade, tendo conseguido a tão desejada gravidez de onde resultaram oito gémeos.
Fiquei a imaginar qual teria sido a reacção de uma mulher que, após desejar tanto um filho, se vê a braços não com um mas sim com oito bebés. Se um dá trabalho, imaginem só... Mas certamente todo esse trabalho seria compensado pela felicidade de ter atingido um dos seus sonhos.
E então, ontem, li outra notícia sobre a dita senhora, mamã babada dos oito filhotes. Vinha a mãe dela dizer que ela já tinha seis filhos e que era ela mesma (avó) que os estava a criar por falta de condições da mãe das crianças. Para além disso moram todos em casa dela e os rendimentos não são nenhuns vivendo toda a gente à custa da pobre senhora que se afirmava desesperada porque o dinheiro já mal chegava para tão numerosa família, quanto mais agora com a despesa acrescida que mais oito crianças vêm trazer.
E pergunto-me eu o que passa pela cabeça de certas pessoas para cometerem tais actos que não só se reflectem na sua vida mas, muito pior, acarretam preocupações e dores de cabeça para quem nem sequer está directamente envolvido no assunto, como é o caso da avó. Que tipo de vida tem ela para oferecer a 14 filhos?! Quanto a mim parece-me uma atitude completamente irresponsável!
Há muitas pessoas assim, para quem as consequências dos seus actos pouco importam, pensando apenas nos seus desejos momentâneos e na sua satisfação imediata, mesmo que para isso tenham que prejudicar toda a gente que as rodeia. Na minha terra, a isto chama-se egoísmo.
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