Quero ainda acrescentar que acho espectacular, a expressão associada à Ovibeja: "Todo o Alentejo deste mundo". Nesta simples frase está representado de forma excelente o orgulho de ser alentejano. Ser alentejano é um estado de alma que só quem o partilha reconhece.
Pois como era de esperar, lá fui fazer a visita da praxe à Ovibeja no dia da sua inauguração. É verdade que está enorme. É verdade que está muito mais internacional. É verdade que a variedade de pavilhões é imensa. Mas também é verdade que não pude deixar de sentir uma certa saudade do tempo em que a Ovibeja era apenas no pavilhão grande, sem aquela dispersão que se sente agora. Parecia-me mais aconchegante na altura. Agora já parece uma coisa de cidade grande, muito impessoal e distante. As pessoas muito espalhadas pelo espaço, tudo muito apressado a tentar ver tudo, mas já com uma bela dor de pés e desejando ir pra casa.
E também é visível a crise por que passa o país pois a afluência não era a que esperava para um Sábado. O concerto dos TheGift foi bem animado e deu pra desenferrujar a garganta e dar ao pezinho também. E na companhia de amigos sabe ainda melhor.
No geral gostei bastante e recomendo a quem ainda não foi que o faça sem demora.
Fim de semana especial, este, com a OVIBEJA aqui à porta!! Em cidades do interior, como é o caso de Beja, qualquer acontecimento que venha quebrar a rotina instalada é motivo de enorme excitação, tanto para jovens como para menos jovens. Cada qual pelos seus motivos que não serão, obviamente, os mesmos.
O que interessa é que se avizinha uma óptima semana para quem é adepto do tipo de actividades que decorrem no recinto de exposições. E existe um leque tão variado que vai desde a equitação até à doçaria. Mas, sem dúvida alguma, o que recolhe as preferências da maioria é o levantamento de pesos. E, a quem achar que estou a mentir por pensar que nunca viu neste certame este desporto tão curioso, peço o obséquio de se dirigir uma destas noites à zona dos bares e depois logo me dirá qual é a actividade que tem mais adeptos, olarilas.
Durante a noite as dores foram chegando sem ser esperadas, de mansinho, como quem não quer incomodar. Apanharam-na de surpresa porque as previsões do médico apontavam para daí a duas semanas e sentiu um misto de receio e alívio. Receio porque a gravidez não fora muito fácil, os problemas de saúde obrigando a um internamento aos sete meses de gravidez e a ansiedade de ver se o bebé estava bem era muita. Alívio porque a espera terminara, finalmente.
Continuou deitada à espera do próximo sinal, de relógio na mão para contabilizar o tempo entre as contracções. Desta vez não correria ao hospital ao primeiro sinal, apressada, pois já não era "marinheira de primeira água".
A manhã foi espreitando e o escuro da noite deu lugar a uma magnífica manhã de Primavera.
Foi tratando das coisas necessárias com calma pois as dores não permitiam pressas. Abriu pela milésima vez a mala preparada com tanto amor há meses, que aguardava a breve viagem e o dono das roupinhas que carinhosamente guardara todo este tempo.
Finalmente a ida para o hospital e o resto do dia passado com as dores a subir de tom e a tornarem-se cada vez menos suportáveis culminando no momento tão esperado. Às 20h e 10m chegou por fim o tão desejado filho, perfeito como pedira a Deus.
Sentiu um imenso amor invadi-la fazendo esquecer de imediato todo o sofrimento anterior e uma enorme felicidade. Esse amor, sabia bem, seria para toda a vida, para o bem e para o mal, na saúde e na doença, nas alegrias e, principalmente nas tristezas. Qualquer que fosse o destino que o futuro lhe reservasse estaria sempre presente para tudo o que ele necessitasse.
Tudo isto aconteceu há 23 anos.
Este não é um conto ficcionado e as semelhanças com a realidade não são nenhuma coincidência. :-)
PARABÉNS, QUERIDO FILHO!!!
Liberdade...quem pode dizer que a tem?!
Quem é livre, realmente? Não seremos todos, afinal de contas, prisioneiros de algo ou de alguém? Não vivemos a nossa vida condicionados ao "parecer bem", ao "o que é que as pessoas iam pensar?" quando afinal a vida é apenas um breve momento que passa num ápice e da qual muitas vezes não resta senão um mero nome numa lápide?
Que é afinal a liberdade? Há alguém que possa dizer "Sou livre"? Somos prisioneiros de horários, de etiquetas, de códigos pré-concebidos, de condicionantes de toda a ordem que nos impedem de ser o que desejaríamos.
Como eu adoraria estar neste momento numa praia paradisíaca, onde o sol é mais do que uma promessa, onde o mar é cálido e o céu mais azul. Mas a minha "liberdade" não mo permite. Vá lá uma pessoa entender isto!
Ali estava ela. Precisamente a fazer aquilo que sempre tinha reprovado às amigas e que sempre jurara nunca igualar. “Que figura ridícula…aqui metida no carro às escuras, escondida como se fosse uma criminosa.” Pensou ela pela milésima vez. Apesar disso continuou ali, imóvel e expectante, dentro do carro. Do sítio onde estava via perfeitamente a porta do restaurante onde ele estava num jantar de negócios.
Analisando a sua atitude achava-a injustificável pois não existia marido mais atencioso e dedicado do que ele. Sabia muito bem que, secretamente, era invejada pela maioria das amigas, umas divorciadas e outras presas a casamentos de pura conveniência onde o amor já nem era ilusório, apenas inexistente. Um negócio como outro qualquer.
Há já alguns dias que a invadia aquela sensação estranha, aquele aperto no peito quando o trabalho dele se prolongava
Pensou novamente como era loucura estar ali, no carro frio, quando podia estar em casa, descansada mas ali continuou na obscuridade do estacionamento como se a razão e o coração fossem independentes e tivessem vontade própria.
Começavam já a sair os primeiros clientes; não devia tardar muito a vê-lo sair com os colegas. Se arranjasse coragem para lhe contar, mais tarde, dariam boas gargalhadas à conta desta aventura.
De repente viu-o através das portas de vidro do restaurante e esboçou um sorriso. Que se congelou de imediato ao ver aquele enlaçar de cintura e o acariciar do rosto que lhe era tão familiar. Esforçou-se por ver o rosto da mulher que o acompanhava mas parecia envolto em nevoeiro, por mais esforços que fizesse para vislumbrá-lo.
- Amor, acorda, acorda! Estás tão agitada que quase me fizeste cair da cama. É um pesadelo, não?
Abriu os olhos e lá estava o rosto familiar, a preocupação espelhada nos olhos, tentando despertá-la, afugentar as sombras do sonho mau.
- Sonhei que estavas com outra mulher, beijando-a, acariciando-a…
A gargalhada bem humorada ecoou no quarto. “Tonta” sussurrou ele, antes de a beijar.
O ritual matinal correu igual ao dos outros dias: O pequeno-almoço partilhado, a saída apressada, o sorriso e o beijo de despedida.
Riu sozinha ao recordar o sonho que tivera. Por sua vez, também ele seguia, pensando no mesmo, enquanto estava no habitual pára-arranca quotidiano.
O toque familiar do telemóvel arrancou-o aos seus pensamentos.
- Querida, acho que a minha mulher está desconfiada de alguma coisa. Temos que ser ainda mais cuidadosos……Sim, claro, sabes bem que te amo. Até logo, no sítio do costume. Beijos.
Este é um conto ficcionado. Alguma semelhança com a realidade é pura coincidência. :-)
Não podemos nunca confundir o amor com a paixão dos primeiros momentos porque essa, inevitavelmente irá desaparecer. O verdadeiro amor cresce na medida em que os dois estão mais unidos, porque partilham mais, porque se conhecem melhor. Mas para partilhar é preciso dar. Dar é a chave do amor. Amor significa sempre entrega, dar-se ao outro. Só pelo sacrifício se conserva o amor mútuo, porque é preciso aprender a passar por alto os defeitos, a perdoar uma e outra vez, a não devolver mal por mal, a não dar importância a uma frase desagradável, a um gesto mais brusco... Por isso o amor também significa exceder-se, fazer mais do que é devido.
Quando uma pessoa diz a outra que a ama, a própria linguagem supõe a expressão "para sempre". Não tem sentido dizer:" Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpático e agradável, ou eu não encontre outro melhor, ou não fiques feio com a idade. Um "amo-te" que implica "só por algum tempo" não é um amor verdadeiro. É antes um "gosto de ti, agradas-me , sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida".
Porque é mesmo disso que se trata no que toca ao verdadeiro amor.
"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca."
(Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela')
Que poderia eu acrescentar a palavras tão belas e sábias? Absolutamente nada.
" Aquilo que fazemos por nós próprios morre connosco. Aquilo que fazemos pelos outros dura para além de nós."
Ao longo da nossa vida, todos os nossos passos são guiados, principalmente, na busca tantas vezes vã da felicidade. A felicidade, da forma que muitas vezes a imaginamos, é uma utopia. A felicidade é feita de pequenos momentos, por vezes simples, aos quais nem sempre damos a devida importância. Assim se constroem vidas em que permanentemente se procura aquilo que está ali ao lado, olhando sempre para nós próprios e pensando constantemente no nosso "querer". Quantas vezes, ao longo desse percurso, esquecemo-nos de olhar à nossa volta e sentir os que nos rodeiam. Senti-los realmente. As suas necessidades, os seus medos, as suas aspirações...
O ser humano é, por excelência, egocêntrico e egoísta (salvo raras mas honrosas excepções) mas ninguém pode ser completamente feliz quando ao nosso lado há quem sofra. Com um pequeno gesto de cada um de nós poderíamos mesmo melhorar esse sofrimento e não são apenas palavras-cliché. Para além disso atingiríamos simultaneamente os dois objectivos pois ao ajudar alguém seremos, por consequência, mais felizes também.
Estou com uma neura que não me aguento! Nem o facto de ser sexta-feira me anima ou dá alento. E tudo por culpa deste tempo louco, estúpido, anormal que ninguém entende. Há lá coisa melhor do que uma manhã de Primavera a cheirar a Natureza fresca!! Mas onde anda ela, essa Primavera que espero todo o ano?! Não me dou nem com o rigores do Inverno nem com os "braseiros" do Verão e a linda Primavera... nem vê-la. É uma coisa sem nexo, este tempo que ora aquece, ora arrefece. E o pior é que devido à "enorme" consciência ambiental e visível preocupação com os grandes problemas relacionados com a destruição do Ozono que se nota na maioria dos portugueses, a coisa não vai melhorar. Nem sequer parar. Um destes dias imagino que vou acordar, levantar da caminha, vestir o fato de banho, descer as escadas, atravessar a estrada e...mergulhar no mar. E tudo isto aqui na linda cidade de Beja, olarilas.
Apetece-me dizer alto e bom som os versos de um poema que adoro: "Vem depressa, ó Primavera, que estamos à tua espera!"
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