Sexta-feira, 31 de Agosto de 2007

eutanásia

Estávamos numa mesa de café, numa roda de amigas, à conversa e como as palavras são como as cerejas, os temas sucederam-se, dos os mais leves aos mais sérios, do "corte e costura" às reflexões sobre a inconsistência da vida.

A certa altura estávamos a falar de uma notícia que alguém tinha visto sobre uma pessoa que está há anos imobilizada numa cama, tetraplégica e cada uma ia dizendo o que pensava sobre o assunto. Todas fomos unânimes em afirmar que preferíamos a morte a um triste destino como esse. Mas aí coloca-se o entrave da nossa lei que não permite que sejamos donos e senhores do nosso destino e que possamos decidir se preferimos o alívio abençoado da morte à horrível prisão de um corpo inutilizado e de uma mente que continua activa.

Tenho que dizer que apoio incondicionalmente a eutanásia, quer a passiva, quer a activa. Discordo, por isso,  absolutamente da distanásia, que insiste em prolongar o que já não tem valor em ser prolongado. E afirmo tudo isto assumindo simultaneamente a minha condição de católica.

Não sinto que, num caso destes, a vida possa continuar a ser encarada como um valor absoluto porque todos temos o direito de morrer com dignidade e com o mínimo de sofrimento. Se a batalha da vida já está vencida, porque viver assim não é viver, porquê prolongarmos o sofrimento só porque a lei assim o determina?! A nossa vontade de viver apenas a nós diz respeito e deveria ser ouvida a voz de quem já não quer viver mas se encontra impossibilitado de providenciar o seu fim.

É claro que a batalha da vida tem sempre um fim e estamos todos destinados a sermos vencidos, um dia. às vezes até sem nos apercebermos da condição de vencidos. Mas não estamos destinados a ser humilhados nessa condição de vencidos em vida, quando temos percepção dessa perda. A honra do "guerreiro" está, assim, em ter o direito a uma morte justa, a uma morte digna. E, se isso significar antecipar a hora destinada por entes superiores, que assim seja.

publicado por daplanicie às 11:19

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Quinta-feira, 30 de Agosto de 2007

Óscar

Gostaria de manifestar o meu repúdio pela atitude egoísta e irresponsável de muitas pessoas em relação aos seus animais de estimação. Este foi o ano em que mais animais foram abandonados à sua triste sorte, enquanto os donos que os deviam proteger, se encontram estendidos ao sol numa praia qualquer sem sequer se preocuparem com as consequências das suas acções.

Penso que é mais uma das provas de que os seres humanos são cada vez mais egoístas e centrados apenas no seu próprio bem-estar! É óbvio que os animais dão trabalho e despesa mas isso não é preciso ser nenhum génio para saber e, se os vão buscar para casa, esse é um compromisso que é para ser levado até ao fim...até que a morte os separe.

Enquanto escrevo este post tenho ao meu lado o companheiro de todas as horas, que nunca me deixa sozinha nem por um segundo sequer...o meu Óscar. E não deixa nada a desejar às estatuetas onde foi buscar o nome porque para a nossa família ele vale mesmo ouro.

Basta ele vir deitar a cabeça no meu colo e olhar para mim com os seus olhos meigos para eu me esquecer dos xixis e cocós que já limpei, do queijo de Serpa inteirinho e do paio de Barrancos que ele comeu ( sim, ele tem um gosto muito apurado, sai à dona...) e do lixo espalhado pela casa fora que ele tem um gosto especial em acarretar. Este cão é um espectáculo!!

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publicado por daplanicie às 10:55

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Quarta-feira, 29 de Agosto de 2007

Puerta

Mais uma vez o mundo do desporto ficou de luto pela perda de um jogador que, pela ordem lógica das coisas, estaria agora a iniciar uma brilhante carreira e pronto para arrebatar prémios para o seu clube e para o seu país.

Mas, em pleno jogo e com apenas 22 anos, foi atraiçoado pelo coração que não resistiu e, após 3 dias de luta pela vida, acabou por perder essa batalha.

E, à semelhança do que aconteceu aquando da morte do jogador Féher , continuo sem compreender como é possível isto acontecer a pessoas que praticam desporto, que fazem uma alimentação saudável e não cometem excessos e que são constantemente vigiadas por excelentes médicos e sujeitos a exames de saúde constantes. Será possível que um jovem que morre devido a  paragens cardíacas sucessivas durante um jogo não tenha já evidenciado qualquer problema em exames anteriores? Será que os interesses dos grandes clubes se sobrepõem à saúde de jovens desportistas ? Até tenho receio de pensar nas respostas, para falar francamente!

publicado por daplanicie às 09:34

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Terça-feira, 28 de Agosto de 2007

Preguiça

Na verdade, é muito feio admitir que se tem preguiça mas...quem nunca sofreu desse mal que atire a primeira pedra. Duvido que haja alguém que, ao longo da sua vida, nunca se tenha deparado com o sentimento de "agora não me apetece" tão característico da preguiça, nem que seja apenas nas manhãs de Inverno, quando a chuva cai lá fora e o maldito despertador teima em tocar às 7 da matina.

O pior de tudo é que, muitas vezes nem nos apercebemos de que estamos com "preguicite" porque ela chega muito devagarinho e instala-se sem pedir licença passando a dominar parte da nossa vida. Por vezes transforma-se mesmo em "preguicite aguda" e, aí, o caso fica mais complicado.

Ontem dei por mim a reflectir sobre a preguiça que me tem atingido imenso nos últimos dias e me tem deixado sem ânimo nem vontade para fazer nada. E comecei a aperceber-me de que está perigosamente próxima de se transforma na estirpe mais perigosa desta terrível "doença": Preguiça de viver.

E confesso que desde então ando pensativa em relação a esta preguiça que, no geral, me parece ser um dos principais males da Humanidade. Parece que o desânimo de viver se tornou quase uma epidemia entre nós. Passamos pela vida como zombies, sem vontade para nada...nem sequer para viver mas, somos demasiados preguiçosos para nos apercebermos deste facto.

É a preguiça de sorrir a quem passa por nós, a preguiça de agradecer e ser gentil para quem nos atende numa loja, num banco, etc. A preguiça de ir ao ginásio onde pagamos as mensalidades e de passear a pé pela cidade. A preguiça de ouvir o que um amigo tem para dizer ou de dar conselhos a alguém que precisa de nós. Preguiça de viver!

Perdemos de vista a importância de viver e passar por experiências - sendo boas ou más. O importante é não desistirmos de viver e, quando o desânimo teimar em chegar, é levantar a cabeça, enfrentar a vida e seguir em frente.

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publicado por daplanicie às 10:33

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Segunda-feira, 27 de Agosto de 2007

Continua o mistério

Nos últimos dias cada vez tenho ouvido com mais frequência a tese de que os pais da criança desaparecida no Algarve podem estar envolvidos no caso e alguns meios de comunicação avançam mesmo com a teoria de que podem ser os responsáveis directos pela sua morte.

O criminalista Moita Flores, em entrevista ao Jornal da Noite da SIC, avançou essa ideia, embora sem o pronunciar claramente. No entanto, quem assistiu a essa entrevista entendeu perfeitamente ser essa a sua convicção, o que me deixou a meio caminho entre o choque e a estupefacção.

Nunca, neste tempo todo, me passou tal hipótese pela cabeça e penso que todas as outras pessoas também nunca pensaram em tal. Para toda a gente era mais um triste caso de uma criança raptada pelas redes de pedofilia, cujos pais estavam dispostos a abdicar da sua vida em Inglaterra para continuar aqui a procurar a filha incansavelmente.

E agora, subitamente, o caso dá uma reviravolta e nada do que se suspeitava parece real e toma forma uma cena horripilante onde se começa a vislumbrar que os pais podem não ser as pessoas que se pensava serem.

Confesso que, embora se isto se confirmar não seja caso único pois todos temos ainda bem presente o caso da Joana, será um rude golpe na minha já abalada fé nos seres humanos. Como é possível, caso seja verdadeira esta teoria, que 2 pessoas cultas com uma profissão em que juraram salvar todas as vidas que puderem, possam ter assassinado a própria filha de 4 anos?!

E este circo todo armado em redor do caso, que até chegou a envolver o Papa e o governo britânico? Que poderemos nós pensar disto?! Estará a polícia portuguesa tão desacreditada nos outros países que eles tenham pensado ser possível cometerem um acto hediondo como este e fazerem da PJ a sua marioneta, que dançaria ao som das suas palavras sem nunca chegar a descobrir o que se tinha passado?!

Espero que se descubra rapidamente a verdade porque todos nós que chorámos ao ouvir o apelo pungente daqueles pais a pedirem para que a filha lhes fosse devolvida, merecemos saber se foi tudo apenas uma cena bem ensaiada para ocultar um horror, tornando-os excelentes actores cuja actuação merece, sem dúvida, uma nomeação para os Óscares.

sinto-me:
publicado por daplanicie às 10:15

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Sexta-feira, 24 de Agosto de 2007

Dieta

Há coisas que sistematicamente me acontecem sempre que penso em fazer dieta e ainda não consegui explicá-las convenientemente:

- Fico completamente obcecada e a palavra dieta dança-me na cabeça o dia inteiro;

- Os jantares e festinhas começam a suceder-se a uma velocidade estonteante;

- O meu marido escolhe esta ocasião para me comprar os bolos que eu adoro e para me presentear com uns bombonzinhos.

Se fazer dieta já é difícil imagina nestas condições! E depois ando nesta indecisão: devo continuar a tentar sozinha ou devo consultar um nutricionista para me orientar? Não sei o que será preferível porque por um lado eu sei perfeitamente o que devo cortar da minha alimentação, sei o que devo comer e as atitudes que devo tomar. Por outro lado não tenho ninguém a quem apresentar resultados, o que poderia ser um incentivo.

Ah, que raiva! Porque é não podemos ser todos lindos e maravilhosos e com corpos de sonho, sem a ameaça do colesterol e da tensão arterial??!!

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publicado por daplanicie às 10:12

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Quinta-feira, 23 de Agosto de 2007

Capitão Dan, o Anão Demoníaco

Que há por aí coisas que não lembram ao diabo já todos nós sabemos e cada vez nos surpreendemos menos com as bizarrias que ouvimos ou vemos mas há coisas que são realmente interessantes.

Estava a fazer a minha ronda pelos sites de notícias e encontrei uma que me fez rir pelo insólito da situação. Segundo referia a dita notícia, um artista de circo teve que ser hospitalizado depois de um número arriscado que não correu como ele esperava e os médicos demoraram uma hora até conseguir resolver o problema. Até aqui nada de extraordinário. É comum que nem tudo corra como se pretende quando se apresentam números perigosos para atrair a tenção do público!

Qual é o espanto desta notícia, então?! É que o referido artista de circo, de seu nome "Capitão Dan , o Anão Demoníaco", ficou com o pénis preso no tubo de um aspirador!

Tudo isto aconteceu num festival em Edimburgo e parece que o senhor resolveu apresentar um número inovador e insólito (o que conseguiu plenamente porque não me parece que haja por aí muitos tarados dispostos a fazer o mesmo...) que consistia em atravessar o palco com o aspirador preso ao pénis. Mas acontece que a peça onde ele devia introduzir o órgão ficou frouxa e ele teve que a colar com supercola3 e ao ler as instruções ele confundiu o tempo de secagem da cola e, em vez dos 20 minutos necessários esperou apenas 20 segundos. Já se está mesmo a ver o que aconteceu, não é?

Comentário do artista após a situação: "Foi o momento mais embaraçoso da minha vida. Enquanto era levado em cadeira de rodas com o aspirador preso no pénis, só queria que o chão me engolisse".

Pois para si, senhor Anão Demoníaco, tenho um conselho que acho que deveria seguir para o resto da sua vida de artista: Não foi propriamente para introduzir num aspirador que Deus criou o Homem com essa parte do corpo, portanto deixe-se de números arrojados e utilize as coisas apenas para o que foram concebidas. Neste caso, o aspirador para aspirar e o resto para...pronto, para o que é normal!

publicado por daplanicie às 11:01

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Tempo

O tempo parece voar! Parece que ainda ontem terminou um ano lectivo e já outro espreita à porta, prestes a iniciar-se. O ano dos professores começa quando o das outras pessoas está quase a terminar e o início é sempre um tempo de stress, em que temos novos alunos para conhecer, planificações para fazer, a sala para organizar, elaborar os projectos a realizar ao longo do ano com a turma, organizar reuniões de pais...um sem fim de coisas. Este ano, contrariamente aos anteriores (e já são muitos), não sinto a vontade de começar. Muito pelo contrário, há uma angústia inexplicável quando penso que Setembro está a chegar e com ele um mundo de coisas novas.

Neste momento a sensação que tenho é a de que nem sequer tive férias, a de que é impossível já ter passado quase um mês desde que terminei o ano escolar. Sinto-me nervosa e ansiosa e não são sentimentos agradáveis, neste contexto.

Toda a nossa vida é guiada em função do tempo: tempo para dedicar à família e aos amigos, tempo para dedicar à profissão, tempo para dedicar à casa e, muitas vezes, falta o tempo precioso que devíamos dedicar a nós próprios. Às vezes tenho a sensação de que o tempo não chega, de que é impossível fazer tudo aquilo a que me proponho. Ainda estamos a terminar algo e já o nosso pensamento voa planeando a próxima tarefa ou actividade e, assim, nesta corrida que é comum à maioria de nós, esquecemo-nos por vezes de parar e apreciar as coisas boas que a vida tem para nos oferecer.

Talvez a culpa seja nossa porque permitimos que o tempo se assenhore de nós, que seja o nosso dono e nos comande, fazendo com que toda a nossa vida gire em seu redor: das 24 horas do dia que vão formando as semanas e os meses, que se agrupam formando os anos. Anos e anos que compõem a nossa vida e que se repetem praticamente iguais.

Talvez o melhor mesmo seja aproveitar o nosso tempo voador da melhor forma possível, sem esquecer de dar valor às coisas que realmente são importantes na nossa vida.

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publicado por daplanicie às 10:37

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Terça-feira, 21 de Agosto de 2007

Coisas incríveis

Às vezes acontecem-me coisas que me levam a pensar que devo ter um íman que atrai coisas bizarras e inacreditáveis. Ainda nem há uma hora atrás, tocaram à campainha, fui atender. Ninguém respondeu e também não conseguia ver ninguém pela câmara. A cena repetiu-se outra e outra vez. À última vez responde uma senhora de sotaque brasileiro a perguntar-me se posso ficar com uma menina que ela encontrou aqui perto porque precisa de se ir embora para o emprego e não sabe o que há-de fazer.

Fiquei atónita e sem saber muito bem como agir e comecei a pensar que devia ser um novo truque de assalto a residências. Tenho um bocado de tendência para acreditar que todas as pessoas são boas e tenho uma característica naif que me esforço por superar porque, neste jardim zoológico em que vivemos, pessoas como eu normalmente são os alvos visados pelos predadores de todo o género. Então resolvi dizer-lhe que ia à varanda ver se conhecia a menina. E lá está ela, com uma menina de 2 ou 3 anos pela mão, que está só em cuequita como se tivesse acabado de acordar. Entretanto chega também um vizinho meu à varanda que lhe diz que há um infantário aqui perto e que a miúda deve ter fugido de lá. Dá-lhe as indicações e lá vai ela com a criança ao lado.

Fiquei a ver a cena e começa a formar-se-me um pensamento horrível de que ela pode ter raptado a miúda e depois ter-se arrependido e querer ver-se livre dela o mais rápido possível. A seguir ocorre-me a ideia de que ela realmente encontrou a miúda mas que como está cheia de pressa para ir trabalhar a vai largar lá mais à frente e que quem a encontrar pode não ser uma pessoa que toque às campainhas para ver se a conhecem.

Meu Deus, que sensação de aflição enorme. Vá de me vestir num ápice e lá vou eu a correr ao infantário. Realmente a senhora tinha lá estado mas elas não conheciam a menina. Disseram que enquanto a senhora insistia em a deixar lá porque não podia esperar mais, elas queriam ligar à polícia.

Nisto chegou um irmão da garota, descalço e branco como papel que andava à procura dela. Parece que ela estava a dormir a sesta e acordou sem eles darem por isso, saindo para a rua. E lá a levou para casa, feliz da vida de a ter encontrado a salvo.

No caminho de regresso a casa não me saía da cabeça como seria maravilhoso se todos os casos de desaparecimento de crianças tivessem um desfecho tão simples, rápido e feliz.

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publicado por daplanicie às 16:23

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Sai de baixo

Sem conseguir explicar bem porquê, um destes dias surgiu-me assim do nada a recordação de uma série brasileira que passava, salvo erro, na SIC a horas tardias mais próprias para mochos do que para pessoas pertencentes à classe trabalhadora que têm que saltar da cama antes das sete da manhã.

Chamava-se "Sai de baixo" e merecia cada minuto do sacrifício que eu fazia para permanecer acordada à espera que começasse, na maioria das vezes bastante mais tarde do que estava programado.

O que é certo é que, ultimamente, cada vez me tenho lembrado mais da série, que me provocava ataques de riso que tinha dificuldade em controlar. A acção dos episódios girava em torno de uma família brasileira, que vivia de aparências e acima das suas posses e tinha quase sempre um actor famoso convidado em cada episódio.

As personagens principais eram um casal, ela (Magda) burra que nem uma porta e ele (Caco) com a mania que era fino, a sogra (Cassandra)  e um tio Vavá . Havia também uma empregada (que foi variando ao longo da série) e um porteiro destrambelhado que, sabe-se lá porquê, passava os dias enfiado na casa dos patrões.

A frase mais utilizada pelo Caco era "Odeio pobre" e os momentos mais hilariantes eram quando ele se dedicava a imitar o sotaque deles dizendo palavras como pobrema " e prástico ". Cada episódio era um sem fim de loucuras que, naquele contexto, faziam todo o sentido.

Era gravado ao vivo e não tinha dessa coisa tenebrosa que ensombra as sitcoms portuguesas que se denomina "gargalhadas enlatadas". E os programas de humor portugueses, é engano meu ou não têm a menor graça?? O Herman José, de quem já fui uma enorme fã, é já completamente previsível e sem gracinha nenhuma; o prédio do Vasco...Deus nos ajude! Enfim, tudo isto para dizer que é uma pena mas não há actualmente na televisão, incluindo os canais de cabo, um único programa que nos faça dar uma boa gargalhada daquelas que fazem bem à alma e lavam as tristezas do dia-a-dia.

publicado por daplanicie às 11:32

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