Pequenino está deitado
Em palhinhas, Deus infante
Ai! Não há no céu estrelado
Astro de oiro mais brilhante
Correi pastorinhos
Depressa a Belém
Co’a alma em carinhos
Por Deus nosso bem
Oh! Levai-lhe cordeirinhos
Todos brancos de candura,
De lã branca, com arminhos,
De olhos meigos de ternura.
Mais que a estrela do Oriente,
Mais que o oiro dos Reis Magos,
Jesus preza o inocente
E dos pobres quer afagos.
As sementes da vida precisam ser
semeadas com paz e amor, e assim,
poder gerar o alimento que
precisamos para viver.
Viver com alegria, coragem e
determinação de seguir adiante.
Viver o presente com sabedoria
e plenitude para que o ontem
seja um sonho de felicidade e
cada amanhã uma visão de esperança.
Desejo a todos os amigos um Santo e feliz Natal.
Que a paz do Senhor se instale nas vossas casas e vos permita viver esta época com espírito de paz, amor e harmonia!
Meu Deus isto nunca mais acaba! Estou exausta e quendo penso que não aguento mais, ainda parece isto ou aquilo que me tinha esquecido de fazer ou de comprar.
Todos os anos juro a mim mesma que no ano seguinte tudo será comprado com muito tempo de antecedência, para não me ver metida em filas e confusões mas...tudo acontece sempre da mesma maneira. É inevitável como o destino!!
E assim, lá continuo eu, nesta correria... Ontem foi dia de ir ao hipermercado. E as filas pareciam infinitas e mais uma vez, toca de voltar a encher os bolsos ao Tio Belmiro! Não sei como é isto mas é sempre ele que ganha mais no Natal!
É que pode não haver muito dinheiro para prendas, mas para as comidinhas de Natal ainda vai havendo! Ele foi bacalhau, vinho, fios de ovos, montes de ovos, farinha, açúcar, carne para assar, ... enfim.
E depois, a parte pior... toca de arrumar tudo. Ufff, o que vale é que já falta pouco para a grande Noite!
Gandhi
Confesso que tenho um odiozinho de estimação pela chuva! Não há nada que mais me irrite e deprima do que acordar de manhã, sabendo que tenho que saltar do quentinho, e ouvir a chuva a cair sem dó nem piedade pelos desgraçados que têm mesmo que levar com ela em cima.
Mas agora tenho que reconhecer que estou a ficar seriamente preocupada com a falta de chuva deste "Outono Quase Inverno" e quando ouvi que os habitantes de Bragança já se debatem com sérios problemas tendo inclusive de ser abastecidos com autotanques, fiquei mesmo alarmada. A realidade é que não estamos habituados a falar de falta de chuva em pleno Inverno e, para a maioria das pessoas, basta ver chover dois ou três dias para abrirem as torneiras à vontade sem qualquer tipo de contenção.
Já muito se disse e pouco se fez para tratar a água como um recurso estratégico. O ciclo da água está a alterar-se vertiginosamente. Constatamos que a seca chegou ao Inverno e que os Invernos são mais curtos. Constatamos cada vez mais que os modelos de alterações climáticas já pressupõem uma diminuição da precipitação em Portugal e na bacia do Mediterrâneo. Constatamos que o uso industrial e o uso doméstico da água poderão aumentar duas vezes mais depressa do que a população. Calcula-se que a procura de água duplicará de 20 em 20 anos. O cenário presente já é dramático e o que nos colocam no horizonte é desesperante só de imaginar. Por isso, regra geral, tendemos a não pensar mais nisso. Guardamos a aflição para os incêndios do Verão...
Quando chega Dezembro há mais calor,
embora seja Inverno, haja geada!
Em cada coração há mais amor,
E a vida fica mais iluminada…
Um verde pinheirinho ganha cor.
Se enfeita aqui, ali, cada ramada.
Tudo ganha mais brilho, mais fulgor,
A casa fica mais iluminada.
E sendo um mês tão frio, enregelado,
Onde a neve impõe o seu reinado,
por que será Dezembro especial?
Apenas porque assim o quis Jesus,
Ser o mês que Maria o deu à luz,
E ser o Santo dia de Natal!
Desde criança que sempre fui uma pessoa muito crédula. Tão crédula que acreditei até aos 10 anos que os bebés vinham de comboio, de França. Isto porque eu nasci em casa (não se escandalizem os mais novos, dantes era assim...) e, quando encontrávamos a parteira que me ajudou a nascer, a minha mãe dizia sempre "Vai dar um beijinho à senhora que te foi buscar ao comboio". E eu lá ia, muito satisfeita embora um pouco intrigada sobre o porquê de não terem sido os meus pais a irem até à estação para me levarem para casa.
Apesar de os colegas da escola me dizerem que não era assim, que a minha mãe me estava a enganar, eu continuava a acreditar nela porque era para mim inconcebível que me mentisse sobre uma coisa tão importante. Quando ela finalmente ficou grávida do meu irmão e me disse que ele estava dentro da barriga dela, depois de um instante em que me ocorreu a ideia "Mas porque é que eu vim de comboio sozinha e ele está aí dentro todo regalado e quentinho??!!", fez-se luz e, aí, vi que realmente os amigos da escola sabiam mais umas coisinhas do que eu.
Tudo isto para dizer que também acreditei que era o Menino Jesus que nos trazia os presentes até aos 10 anos. Nos dias que correm parece uma coisa ridícula, já que as crianças a partir dos 5/6 anos já sabem perfeitamente que são os pais que lhes oferecem as coisas e, muitas vezes, são eles mesmos que escolhem, mais de um mês antes do Natal. Desculpem lá mas acho que isto não tem piada nenhuma!
Por mim tinha continuado a acreditar até hoje! Não só porque é uma ideia maravilhosa a de ser o filho de Deus que nos presenteasse com o que mais desejássemos (sem exageros, claro...) mas também porque sairia definitivamente mais em conta, já que está tudo pela hora da morte.
Mas então, como disse, aos 10 anos desvenda-se o mistério e tudo aconteceu de uma forma que permanece vívida na minha caixinha de recordações, como se tivesse acontecido há apenas uns dias atrás.
Normalmente, a noite de Natal era passada em casa da minha avó paterna, com umas visitas pelo meio a familiares e amigos. Era nessa noite que se faziam as azevias que, para quem não saiba, são uns fritos deliciosos típicos do Alentejo nesta época natalícia.
Nessa noite vinham os meus tios (único irmão do meu pai e respectiva esposa) e o meu primo ( que, apesar de ter apenas mais 5 anos do que eu era também meu padrinho e, infelizmente, já não se encontra entre nós), que moravam perto de Lisboa e era uma enorme alegria este reencontro.
Nesse Natal, a minha avó tinha-me recomendado há vários dias que, não mexesse num enorme vulto que se encontrava tapado com uma colcha, em cima de um malão daqueles antigos, porque "as coisas eram de uma senhora e, se alguém lhes mexesse, ela ia ficar muito zangada". Credulazinha como era, nem sequer me ocorreu dar uma espreitadela. Até apetece dizer DAHHH ... :-)
E então chegam os meus tios e o meu padrinho que, assim que apanhou os adultos distraídos a conversar, se dirigiu para a sala de jantar e se pôs a destapar as "coisas da senhora", comigo a guinchar de volta dele que não fizesse isso porque a avó não queria.
Ele é que não foi na cantiga e, depois de me chamar "bacoca" ou qualquer coisa do género, puxa a colcha e... destrói uma crença de 10 anos! Ao fim de 2 minutos apareço eu ao pé dos meus pais com uma magnífica boneca de longos cabelos ruivos ao colo, com o meu padrinho a gozar comigo atrás e, só vos digo, o olhar que os meus pais lançaram ao raio do gaiato foi como se estivessem de frente com o demo em pessoa!!
E foi assim que eu deixei de acreditar no Menino Jesus como ofertante do Natal!
Mais um ano chega ao fim, trazendo consigo a azáfama habitual própria das festas. Não bastando isso é uma altura de enorme sobrecarga de trabalho também para nós, professores já que é o final de um período de trabalho em que é necessário avaliar o trabalho desenvolvido e elaborar relatórios intermináveis que pretendem descobrir o porquê dos problemas que se levantam nas diferentes turmas. Como se não fosse óbvio que o insucesso se deve ao elevado número de alunos por turma, à heterogeneidade dos grupos e ao pouco tempo que a maioria dos pais tem para dedicar aos seus filhos...
Bem, mas o objectivo deste post não é lamentar-me pelo trabalho que tenho ainda que fazer até que, finalmente, possa gozar de um descanso bem merecido de alguns dias. É, sim, apresentar as minhas desculpas a todos os amigos que costumo visitar e deixar algumas palavrinhas pois não me tem sido possível por falta de tempo. O pouco que tenho escrito é à pressa e o resto é praticamente impossível. Parece mentira mas nem aos últimos comentários tenho conseguido responder, coisa que me custa bastante.
A todos os que têm continuado a deixar as suas palavras, bem como aos que passam sem dizer nada, deixo o meu agradecimento e votos de um óptimo fim de semana.
Não sei se sou só eu mas, nos últimos anos, passei a pensar saudosamente nos Natais da minha meninice, onde a noite da consoada estava envolvida num aura de sentimentalismo misturado com emoção e ansiedade. Era o tempo em que as prendas eram trazidas pelo Menino Jesus ( e não era aos montões...) e o velhote de vermelho não tinha ainda adquirido o protagonismo que hoje tem.
Não éramos exigentes como o são as crianças de hoje e uma das maiores alegrias da Noite Santa provinha do facto de se reunir a família, coisa que não acontecia com a facilidade com que acontece hoje. Quando nos encontrávamos era uma festa dentro da outra festa!
A falta de grandes recursos económicos trazia ao Natal um outro espírito. Prendas havia poucas e a reunião familiar acabava por ser o mais importante. Hoje em dia, as prendas são as grandes protagonistas.
A vida de outros tempos não possibilitava um Natal tão farto como nos dias de hoje. Cultivava-se, antes, o espírito natalício na sua essência. A refeição melhorada servida na noite de Natal era, por si só, uma das prendas mais desejada. Isto numa época em que pequenas coisas eram a alegria de crianças cujas famílias viviam com dificuldades.
Actualmente, o Natal é muito diferente. Até para as crianças. O mais importante passou a ser os presentes. O espírito natalícia ainda continua lá. Mas são mais os adultos a cultivá-lo.
Quanto aos idosos de hoje, crianças de outros tempos, vão-se recordando do tempo antigo. A pobreza era maior, mas a alegria natalícia era vivida de forma mais intensa. Os sentimentos e a união da família tomavam um lugar primordial nesta época festiva. Tanto que as parcas possibilidades económicas não se compactuavam com grandes prendas.
A evolução tem destas coisas e, nos dias de hoje, o consumismo assumiu proporções nunca antes vistas. Apesar das dificuldades que todos apregoam, parece que, nesta época existe uma espécie de loucura colectiva que se apossa das pessoas e é vê-las a comprar sem tino nem destino.
A união familiar continua a marcar o Natal, mas as prendas têm de lá estar. Os mais pequenos são os mais entusiastas, não dispensando aquele brinquedo novo que passa vezes sem conta nos anúncios publicitários. É uma forma diferente de se viver esta época fruto da evolução dos tempos e das mentalidades. Apesar de ter um espírito diferente, o Natal continua a ser um momento mágico envolvendo de espírito fraterno as famílias portuguesas.
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