Hoje não me apetece escrever. Nem escrever nem fazer coisa alguma. Escrever não sei. Não sei hoje como não soube ontem e não saberei amanhã. Tudo o que escrevi são coisas sem valor e sem importância.
Mas mesmo sem importância hoje não saem.
Faltam-me as palavras. Há, dentro de mim vontade, ânsia, necessidade de dizer coisas aos outros. Coisas que eu vivi, que só eu vivi e que gostava de partilhar.
Criticar o mundo estúpido que me rodeia.
E nada!
Não sei. Falta-me a arte. Escrever é uma arte que não se inventa, não se aprende olhando a escrita. Ninguém poderá dizer-nos como devemos escrever, as palavras têm de estar dentro de nós e, quando não estão ninguém as vai lá pôr.
Eu hoje não tenho palavras dentro de mim. Estou vazia. Não posso ir ali ao mercado comprar palavras, comprar a arte de escrever. Não se vende. Mesmo aqueles que a têm, e há quem tenha muita, não conseguem transferi-la para outros. Nem sequer é hereditária. A arte faz parte de nós tão intrinsecamente que não a podemos deitar fora.
Mas por vezes essa arte parece abandonar-nos. E nós ficamos assim como esmagados pela realidade.
Tanta coisa a necessitar de ser dita. Tanta coisa a exigir que falemos. Tanta coisa a exigir a nossa opinião.
E nada!...
Não sai nada!
Que raiva......
Parece que o Modelo se tornou o centro do universo das "figuras de urso" e, como castigo pelo post que dediquei ao casalinho do mel de rosmaninho, foi agora a minha vez de as fazer.
A conversa passa-se na peixaria:
- Não tem cação?
- Tenho, está aí ao lado do salmão.
- Mas aqui diz tubarão e eu não quero tubarão.
- Mas é o mesmo! Agora saiu uma lei que obriga a dizer nas etiquetas tubarão porque o cação é um tubarão.
- O cação é um tubarão? Nem me diga uma coisa dessas!
- Pois é! Quer levar?
- Desculpe mas não. Acho que não deve ser a mesma coisa.
Nisto mete-se um senhor na conversa que diz:
-A senhora desculpe que eu me esteja a meter na conversa mas eu sou biólogo e posso-lhe dizer que o que a senhora do peixe lhe disse é a verdade. A única diferença está no tamanho mas o cação é um tubarão.
E eu, com ar de parva:
- Quer dizer que tenho andado a comer tubarão sem saber?
E o senhor, com toda a paciência:
- Pois tem!
- Bem, então se calhar vou continuar. Olhe, ponha-me lá aí umas 8 postas.
Foi uma risota! Em minha defesa resta-me dizer que, desde que assisti ao filme "Tubarão" tinha uns 12 ou 13 anos, fiquei com uma aversão enorme a esses animais, que detesto. E pensando noutro ponto de vista, detesto-os tanto que, comendo-os, contribuo para haver menos.
Quando faço exame de consciência, lembro-me de vários “agoras” que foram perdidos e que não voltam mais.
Na realidade, o que nos impede, na maioria das vezes, de ter o que queremos, ser o que sonhamos, fazer o que pensamos e aceitar com o coração é a ousadia que não cultivamos. A ousadia é, geralmente, escrava do medo...
Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos felizes, pelo medo de ter ousadia de amar. Medo de ousar porque o objecto do amor era mais bonito, mais alto, mais rico, mais jovem, mais culto... e aí... o tempo passou e o agora também...
Quantas vezes reaprendemos a sonhar e voltamos a perder a oportunidade de realizar um grande sonho, por não termos coragem de ousar, de arriscar deixando para depois ou para mais tarde o que deveria ser naquele agora...
Quantas vezes não pronunciamos, no momento oportuno, as palavras que gostaríamos de dizer, pelo medo de parecermos ridículos e imaturos...
Quantas vezes ficamos por medo de partir. Quantas vezes partimos por medo de ficar.
Quantas vezes dizemos baixinho o que na verdade gostaríamos de gritar. Quantas vezes...
Nunca fui pessoa de praticar desporto. No tempo do liceu, a aula de educação física era um sacrifício e uma tortura e só não me safava a ela se não pudesse de maneira nenhuma. Arranjava todas as desculpas e mais algumas só para ter dispensa da aula.
Depois, o tempo foi passando, a vida foi ficando cada vez mais sedentária e o único exercício físico que praticava era subir as escadas do prédio até ao 3º andar ( onde chegava com os bofes à boca...) e o andar normal, em casa e na escola. Como é óbvio, sem ter grandes cuidados com a alimentação e sendo gulosa como sou, o resultado está bom de ver: excesso de peso, dores na coluna, cansaço excessivo, colesterol, tensão arterial alta... enfim, um sem número de coisas, nenhuma delas apropriada para uma vida longa, saudável e sem problemas.
Então, no dia 1 de Setembro, tomei uma decisão que, espero, venha a mudar a minha vida: entrei para um ginásio. Quando comuniquei a minha decisão à família, o meu marido deu-me logo as suas palavras de apoio. "Já estou mesmo a ver como vai ser. Pagas e não vais lá!" disse ele. E eu, teimosa como sou ( não fosse eu do signo carneiro...), não liguei e lá me fui inscrever e, até agora estou a gostar bastante. O facto de o ter feito com uma amiga também é importante pois incentivamo-nos uma à outra e torna tudo mais divertido.
Normalmente faço o circuito nas sala de máquinas de musculação, com um programa estabelecido para atingir os resultados que pretendo e, duas vezes por semana, vou a uma aula de bodybalance, que engloba yoga, Tai Chi e pilates e sinto-me muito melhor, com a resistência a aumentar.
Por vezes é difícil sair de casa depois de chegar de um longo dia de trabalho em que a única coisa que apetece é descansar no sofá que parece chamar-me mas, com um pouco de força de vontade, lá vou e depois fico muito satisfeita de não ter cedido ao apelo da preguiça. Espero não ser vencida pelos frios e chuvas do Inverno...
Estava eu metida com os meus botões, no supermercado, enquanto procurava um frasco de Nutella, encomendado pelo meu filho, quando ouço uma voz que dizia: "Já viste?! Agora só vendem porcarias! Queria levar um frasco de mel de abelhas e não há. Só têm aqui frascos de mel de rosmaninho!".
Virei-me assim meio disfarçadamente para ver qual era a fonte de tal pérola, quando ouvi a resposta do marido ou namorado que dizia: "Então, se calhar mel feito de flores também é bom. Não sabes porque nunca experimentaste!".
Aqui já tive que me ir embora para não desatar a rir. Aquilo é que deve ser um par talhado no céu...Bem dizia a minha avó, "Quando se fez uma panela, fez-se logo o testo (tampa) para ela". E é bem verdade, para se estragarem duas casas, olha, estraga-se só uma!
Não sei se é apenas a forma como me recordo das coisas (afinal, já foi há tanto tempo) mas parece que o tempo não manteve a mesma "passada" desde os meus tempos de infância e juventude.
Talvez seja apenas impressão minha ou desvarios da minha mente mas, quando eu era criança parece que tudo acontecia em câmara lenta. O tempo demorava infinidades a passar. Cada dia parecia um mês e cada mês parecia um ano e o dia de "ficar grande", que eu aguardava tão ansiosamente, parecia nunca mais chegar.
Depois, à medida que fui ficando adulta o tempo foi acelerando, foi passando cada vez mais rápido, de tal forma que, há 1 ano ou 2 casei, há meia dúzia de meses nasceram os primeiros filhos e, a semana passada, nasceu o filhote mais novinho. E eu nem dei por isso!
E olho à minha volta e os meus filhos mais velhos são dois adultos perfeitamente autónomos que já não precisam dos pais e o mais novo, já com 13 anos, revela também uma enorme autonomia e independência. Mais 5 ou 6 anos e também ele sai do ninho a caminho da universidade, deixando-o mais frio e mais vazio.
Já pensei em escrever uma carta de reclamação onde exigiria de volta os anos mais preciosos da minha vida, em que a casa estava sempre cheia de vida e movimento mas ainda não fiz. Unicamente por não saber a quem a endereçar.
Senhores cientistas, lanço um apelo sentido: não haverá uma forma de inverter a velocidade do tempo fazendo com que abrande o seu galopar veloz? Aguardo ansiosamente uma resposta mas não demorem demais porque me parece que no próximo mês já andarei toda engelhadinha, curvada e agarrada a uma bengala enquanto os meus bisnetos saltitam à minha volta.
Para se assinalar o Dia Mundial da Alimentação, resolvemos fazer um lanche saudável ao meio da manhã com os miúdos e convidámos para vir à nossa escola uma enfermeira e uma nutricionista para falarem às crianças sobre alimentação saudável.
Tendo acedido ao nosso convite, exibiram uma apresentação em powerpoint, onde realçavam a importância do pequeno-almoço como sendo a refeição mais importante do dia. A nutricionista frisou quais eram os alimentos saudáveis para um bom início de dia e perguntou quem comia cereais ao pequeno almoço. A maioria dos alunos levantou o braço. Depois pediu-lhes que quem comesse cereais achocolatados baixasse o braço e... quase toda a gente o baixou.
Ela lá explicou os malefícios dos cereais com chocolate e nisto sai-se um com esta resposta : "Essa é boa, se eles estão lá nos supermercados é porque são para nós comprarmos!".
Como dizia o saudoso Fernando Peça, e esta, hem?!
A felicidade não é apenas uma questão de sorte ou azar. Depende acima de tudo de nós mesmos e de conseguirmos, ou não, torná-la num hábito.
A felicidade é um estado de espírito ou meramente uma utopia? A felicidade total é algo sempre difícil de conseguir. Acreditamos que, com um melhor carro nos sentiremos mais preenchidos, que se vestirmos roupa da marca xis seremos mais amados, que se tivermos uma casa de sonho atingiremos o patamar máximo...mas será a felicidade assim tão contabilizável?
Talvez o segredo esteja em descobrir o que realmente nos deixa felizes. Se nos centrarmos nas coisas boas da vida, naquelas que realmente fazem bem à alma, talvez então estejamos mais próximos de descobrirmos a verdadeira fórmula da tão desejada felicidade. Talvez a felicidade esteja mais perto do que nós imaginamos...
Os 11 Mandamentos das crianças aos pais
Como todos nós sabemos, o tempo de brincadeira facilita o desenvolvimento da imaginação, da cooperação e da partilha. Brincar é uma forma muito importante de aprender. Actualmente, segundo opinião de psicólogos e pedopsiquiatras conceituados, a criança passa um número exagerado de horas na escola, sempre em situação de aprendizagem e de controlo.
Muitas vezes chegam a casa já tarde e resta apenas o tempo de tomar banho, jantar e deitar, tal o cansaço que sentem devido ao dia preenchido que passaram.
No entanto, brincar é indispensável para a criança porque lhe dá prazer e contribui para o seu crescimento. Muitas vezes é muito mais fácil para os pais, também exaustos depois de um dia de trabalho, colocar a criança em frente ao televisor do que permitir do que corra e brinque pela casa desarrumando brinquedos e fazendo barulho. Mas é muito mais saudável e benéfico que se movimente do que seja "forçada" a estar sossegada.
As crianças são curiosas por natureza e sentem sempre muita necessidade de fazer perguntas e de contar coisas. É fundamental que nunca lhes mostremos enfado pois acabarão por deixar de partilhar connosco os seus pensamentos e ansiedades. Quando querem contar as suas histórias, umas reais e outras inventadas, é importante dar-lhes atenção e manter o diálogo pois fará com que se sintam felizes e amadas.
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