Não é a primeira vez que escrevo sobre este assunto mas os números que fizeram hoje primeira página de alguns jornais deixaram-me bastante chocada. Segundo dados da União de Mulheres Alternativa e Resposta UMAR ), uma organização não-governamental, só nos primeiros três meses deste ano já pereceram 17 mulheres, vítimas de violência doméstica o que é sinónimo de dizer que foram mortas às mãos dos maridos, ex-maridos, namorados e ex-namorados. Duas destas vítimas foram assassinadas pelos próprios filhos. Outras 11 tiveram mais sorte e conseguiram sobreviver a tentativas de homicídio.
Penso que são dados alarmantes para um país do tamanho de uma casca de noz como é o nosso, ainda mais se tivermos em conta que durante todo o ano de 2007, as vítimas foram 21. Portanto, em três meses contabilizaram-se quase tantas vítimas como em todo o ano passado.
A vítima de Violência Doméstica, geralmente, tem pouco auto estima e encontra-se atada na relação com quem agride, seja por dependência emocional ou material. O agressor geralmente acusa a vítima de ser responsável pela agressão, a qual acaba sofrendo uma grande culpa e vergonha. A vítima também se sente violada e traída, já que o agressor promete, depois do acto agressor, que nunca mais vai repetir este tipo de comportamento, para depois repeti-lo.
Em algumas situações, felizmente não a maioria, de franca violência doméstica persistem cronicamente porque um dos cônjuges apresenta uma atitude de aceitação e incapacidade de se desligar daquele ambiente, seja por razões materiais, seja por razões emocionais emocionais.
Antigamente nada podia ser feito sem uma queixa da vítima nas autoridades, o que muitas vezes não acontecia por medo de represálias mas actualmente, com a mudança de lei, este é considerado um crime público pelo que qualquer pessoa pode, se for testemunha ou souber de algum caso destes, fazer uma denúncia na PSP ou na GNR, que serão obrigadas a abrir uma investigação sobre o assunto.
Se algum de nós puder fazer alguma coisa para fazer um agressor ser castigado, julgo ser nosso dever cívico fazê-lo. É que o tempo em que o ditado "Entre marido e mulher ninguém meta a colher" estava na moda já passou há muito tempo e pode ser que com uma atitude corajosa de denúncia estejamos a salvar uma vida.
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