A Quinta-feira da Ascensão é uma festa religiosa católica. Há locais onde é dia feriado, como é o caso de Beja, Alvito, etc.
Celebra a ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido crucificado e de ter ressuscitado.
Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas iam para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres.
Com elas, formavam um ramo com: espigas de trigo, ramos de oliveira, malmequeres e papoilas. O ramo podia também incluir centeio, cevada, aveia, margaridas, pampilhos, etc. Cada elemento simboliza um desejo:
O ramo deve ser guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
Acredita-se que este costume, que surge mais no centro e sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos.
No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que vem bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
Embora seja uma tradição quase perdida, como tantas outras, aqui pelo nosso cantinho ainda podemos ver muitas pessoas que desejam conservá-la e mantêm a superstição de que sem o ramo pendurado em casa a sorte não lhes sorrirá.
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