Há notícias e notícias, assim como há pessoas boas e boas pessoas, pessoas de boa índole e de muito má índole, pessoas oportunistas e oportunistas disfarçados de íntegros, enfim … há de TUDO e disso não tenho dúvida!
Mas lá que as notícias se vão fazendo de algum tipo de excepcionalidades, disso também não tenho dúvida. Provavelmente até devo acrescentar que os órgãos de comunicação social são negócios (negar o ócio) como outros quaisquer.
Spots publicitários que têm de ter alguns conteúdos que chamem a atenção das pessoas e correspondam às suas expectativas sazonais ou permanentes; formas de entretenimento baratas e acessíveis. A verdade é que não acrescenta grande mal ao mundo que o que se divulgue e se torne acontecimento seja da ordem do “fait-divers”.
Faz-se em grande aquilo que nós fazemos com o nosso círculo de amigos: comentamos a vida dos outros, emitimos juízos de valor, damos conselhos com ar douto, pregamos sermões e falamos de moda, do desporto, das condições de vida, de política, do estado do tempo e de mais umas coisitas … cheios de convicções ou meramente para fazer conversa e encher incómodos espaços vazios.
Feliz ou infelizmente a vida das gentes é pejada de banalidades. Raramente acontece qualquer coisa digna de nota, raramente se experimenta acontecimentos que a sequência dos dias não devolva ao tamanho real: poucochinho.
Vai daí os coitados dos órgãos de comunicação social "esmifram-se" na descoberta do que é novo ou pelo menos diferente. Vai daí na cata da excepcionalidade improvável dimensionam-se fatias de vida, mesmo que mesquinhas e pequeninas, como se fossem parcelas imensas.
Os resultados umas vezes são interessantes, outras surpreendentes, outras tornam-se aterrorizadores, outras são quase cómicos, mas muitas vezes de um atabalhoamento aflitivo e de uma parolice divertida, do estilo da forma de estar dos Novos Ricos – fazer as coisas em grande não tanto para benefício próprio, ou por sentido estético, mas para dar nas vistas aos “vizinhos” aos “amigos” etc, etc …
A lógica implícita nisto de vender notícias, é que os consumidores têm de fazer o trabalho de casa: distinguir o trigo do joio e como adulto que se é, há que ter a capacidade crítica para perceber que o que é dito, são apenas palavras, chavões, frases, opiniões, modos de ver que valem o que valem e que são o que são.
Mas o problema é que, os que têm de repor a proporção das coisas ditas e vistas vêem-se gregos. Não fica fácil explicar por exemplo que...
Os jovens não são na sua esmagadora maioria devassos, drogados e com vidas sexuais intensas;
Os pais que têm duas horas inteiras por dia para os filhos (depois de oito horas de trabalho, duas de transporte, sete de sono, uma de higiene pessoal, outra para comer, e mais três para todos os outros afazeres) são excelentes e esforçados porque dão o que têm;
Não se fica anoréctico por não querer ser gordo;
Gostar de crianças não torna os homens e as mulheres pedófilos e também mas agora pela negativa … nem tudo o luz é oiro, ai não não!
Mas … vai-se tentando fazer o tal jogo de cintura entre o banal e o excepcional … assim meio termo … se é que me faço entender!!
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