Foram hoje realizadas, em todo o país, as provas de aferição de Língua Portuguesa dos alunos de 4º e 6º anos de escolaridade.
Ainda não consegui vislumbrar bem para que servem uma vez que, ao não contarem para a transição ou não, nem terem qualquer valor na avaliação dos alunos, e sendo este facto do conhecimento dos mesmos, é óbvio que a maioria não está para se maçar muito até porque há coisas muito mais importantes para fazer, tal como jogar à bola e brincar com os amigos.
Dizia um aluno meu que não prima pela inteligência, até porque isto de estudar dá muito trabalho: "Não me correu muito bem mas não faz mal porque isto também não interessa para nada". À minha pergunta sobre quem lhe tinha dito tal coisa, respondeu que tinha sido a mãe.
Ora vejamos, se os pais acham que isto não interessa nada e transmitem isso aos alunos, como vão as ditas provas servir para avaliar os alunos e os professores?! Não é claro como a água que um grande número de alunos fez hoje as suas provas "na desportiva"?
Se as coisas fossem como no meu tempo que podíamos ser brilhantes alunos durante todo o ano mas se chegássemos ao dia da prova e não mostrássemos o que valíamos, nem Nossa Senhora nos ajudava...era reprovação certa e sabida, é que ficavam a saber como era penar sem fim.
E depois, aquele ritual todo de estrear roupa nova ( sim, porque aluno que se prezava estreava farpela do bico dos pés à cabeça para ir fazer os exames de final de ano!!), de ir para a escola acompanhada da mãe (o que só acontecia em ocasiões muito especiais), de entrarmos na sala sendo chamados por alguém que não conhecíamos (quase sempre carrancudo), de dobrar com todo o cuidado a margem das folhas de 25 linhas (há quem nem sequer saiba o que isto é!), preparar as canetas de tinta permanente (que borravam tudo mesmo nos momentos mais impróprios) e o papel mata-borrão (que pouco ajudava quando o borrão era grande!), tudo isto sob o olhar atento e circunspecto do examinador, que normalmente nunca tínhamos visto mais gordo, dava cabo dos nervos a toda a gente. Mesmo àqueles que fingiam estar-se nas tintas para tudo.
Essa sim eram verdadeiras provas de...aflição!
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