Frequentemente me acontecem pequenas coisas, que não sendo catastróficas nem dignas de grandes menções, me causam transtorno, aborrecimentos, insónias...chatices, para falar bem e depressa.
Coisas do género de me desaparecerem todos os documentos que tenho guardados na pen, o que me provocou um "quase ataque de pânico". Ou de me aparecer um pequeno risco na porta do carro. Ou de receber uma carta da PT a dizer que devia mais de 700 € (que, depois de infindáveis telefonemas, se verificou ser engano). Ou de a minha mãe partir o braço e eu estar tão longe que não posso ajudá-la em nada. Um sem fim de pequenos "poucos" que, juntos, se vão tornando "muitos" de tal maneira que tenho dias em que só me apetece gritar, fugir ou qualquer coisa dramática do género.
Bem, da última que me aconteceu, o mínimo que posso dizer é que é sui generis. Estava eu na escola, embrenhada em relatórios e atolada em papéis até às orelhas, quando recebo um documento que se tratava, nada mais nada menos, do que um recurso interposto pela encarregada de educação de um aluno meu que frequentou este ano o 4º ano de escolaridade.
Para quem não sabe, os recursos são medidas legais que podem ser utilizadas pelos pais quando não concordam com a avaliação dos seus educandos podendo, então, recorrer da decisão tomada pelos docentes envolvidos no processo.
Até aqui nada de extraordinário. Há muitos encarregados de educação que, julgando que têm verdadeiros génios em casa e não aceitando muitas vezes as limitações dos próprios filhos, acham que eles devem transitar mesmo que isso implique irem mal preparados para o ano seguinte. É um direito que lhes assiste e, embora não seja frequente, por vezes acontece.
Agora o caso do recurso que me foi apresentado, é que me parece verdadeiramente inédito: a referida encarregada de educação, que é uma pessoa que nunca compareceu à escola senão no final do ano, tendo então recebido a informação relativa ao seu filho, aceitando tudo o que lhe foi exposto, matriculando de seguida o menino no 5º ano de escolaridade, insiste agora no facto de que deseja que ele permaneça na minha turma mais um ano! Sim senhora, a mãe quer que o seu filho fique retido no 4º ano de escolaridade alegando que não tem maturidade para ir para o 5º!
Em ar de brincadeira já disse à minha colega "Já viste? Sou tão boa que até interpõem recursos para os filhos ficarem comigo mais uma ano!". Brincadeiras à parte, a verdade é que este aborrecimento já me fez perder muito tempo com relatórios justificativos da minha decisão e mais reuniões, a juntar a todas as outras a que tenho que comparecer. Destas só a mim é que me acontecem, podem ter a certeza!
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