Gosto de ficar assim, de olhos fechados tentando absorver tudo à minha volta. Desta forma tudo é mais vivido, mais sentido. Nesta praia, habitada por gente das mais diversas idades, de diferentes cores e formas, a fazerem as milhares de actividades que se podem efectuar neste local tão familiar e tão banalizado, mas ainda assim tão belo e tranquilo, deito-me sobre a areia molhada e fecho os olhos.
Tento encontrar um equilíbrio e quando sinto que estou relaxada e pronta para ouvir qualquer coisa, tento não pensar em nada, focando-me no barulho em forma de burburinho que vem das pessoas ao meu redor.
Centro o meu pensamento para uma única voz. Mas rapidamente concluo que não consigo ouvir apenas uma pessoa, o som que me chega aos ouvidos é de um colectivo, esse que chega a ser ensurdecedor com os seus gritos, tão iguais, tão constantes...
As crianças, são essas que mais se ouvem na praia. A brincarem num jogo livre, ora empurrando as suas bolas de cores mil, ora correndo, deambulando num movimento que se repete vezes sem conta. Criando formas com grãos de areia embebidos em água salgada. Escavam túneis sem saída. Chamam alguém, na esperança de terem a atenção que merecem. Roubam um sorriso ao casal de enamorados que passeia. Sentem as ondas frias a tocarem na pele e por vezes caem. Mas erguem-se de novo, para voltar a repetir a queda, porque são assim os meninos que exploram o ambiente, em aventuras genuínas. Parecem eles donos do areal e reis de uma ilha imaginária.
Também eu já fui assim e hoje, hoje, só me apetecia voltar a essa ilha...
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