Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino (sem querer apontar dedos) é dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam.
O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.
É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores.
Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.
A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento. O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais -até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.
Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora o há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.
Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano. Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.
Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança. Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.
Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão
Educadores vs professores - Duas histórias... |
Duas histórias:
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As aulas práticas, sempre pedagógicas!
"Recordo-lhe que em 4 anos de actividade produziu diplomas que envergonham aquisições mínimas do nosso sistema de ensino. O estatuto da carreira docente, a avaliação do desempenho dos professores, a gestão das escolas e o estatuto do aluno são apenas as pérolas. Mas a lista alonga.
Recordo-lhe que a coberto de uma rede propagandística que tornaria Goeebels num aprendiz, cortou, vergou, denegriu e fechou como um obcecado pelo extermínio.
Recordo-lhe que desertificou meticulosamente o interior.
Recordo-lhe que congelou salários, burocratizou até ao insuportável e escravizou com trabalho inútil.
Recordo-lhe que manipulou estatísticas, mentiu e abandalhou o ensino, na ânsia de diminuir o insucesso a qualquer preço.
Recordo-lhe que chamou profissional a uma espécie de ensino cuja missão era reter na escola, de qualquer jeito, os jovens que a abandonavam precocemente.
Recordo-lhe que abandonou centenas de alunos com necessidades educativas especiais.
Recordo-lhe que contratou crianças para promover produtos inúteis e aliciou pais com a mistificação da escola a tempo inteiro.
Recordo-lhe que foi desumano com professores nas vascas da morte e usou e deitou fora milhares doutros, doentes, depois de garantir que não o faria.
Recordo-lhe que, com o concurso de titulares, promoveu a maior iniquidade de que guardo memória.
Recordo-lhe que enganou miseravelmente os jovens candidatos a professores e humilhou as instituições de ensino superior com a prova de acesso à profissão.
Recordo-lhe que desrespeitou leis fundamentais do país e, com grande despudor político, passou sem mossa por sucessivas condenações em tribunais.
Recordo-lhe que desrespeitou continuadamente a negociação sindical e fez da imposição norma.
Recordo-lhe que reduziu a metade os gastos com a Educação e aumentou para o dobro a distância que nos separava da Europa.
Recordo-lhe que perseguiu, chamou a polícia e incitou e premiou a bufaria.
Recordo-lhe que os professores portugueses não o vão esquecer.
OS PROFESSORES PORTUGUESES NÃO PODEM ESQUECER."
P.S. - Texto do Professor universitário Santana Castilho, em carta aberta ao 1ºministro José Sócrates
"Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. 'As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações' sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ' as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira'. Acrescentou ainda que 'vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas formas de má conduta por parte dos alunos'. A governante garantiu que 'as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais'. O Livro Branco dá ainda aos professores um direito 'claro' de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário."
Em Portugal, como todos sabemos, o panorama é radicalmente diferente. Por cá, continua a vingar a teoria do coitadinho: há que desculpabilizar as crianças até ao limite do possível, pois considera-se que o aluno é intrinsecamente bem formado, o que o leva a assumir comportamentos desviantes são factores externos (contexto social e familiar) que ele coitado não consegue superar. Temos assim que o aluno raramente é penalizado e quando o é, os castigos ficam-se na sua maioria por penas ligeiras, não vá correr-se o risco de o menino/a sofrer traumas que o podem marcar para o resto da vida. As notícias sobre actos de vandalismo, de agressão, de indisciplina e de violência praticados em contexto escolar que, com progressiva frequência vamos conhecendo, deviam merecer da parte de quem tutela a educação, medidas mais enérgicas que infelizmente tardam em chegar.
P.S. - Recebido por mail.
Para a maioria das pessoas, eu incluída, não há nada mais importante do que a família. A família é a âncora, a referência, o nosso porto de abrigo em dias de tempestade.
Todas as famílias são diferentes e todas terão, certamente, as suas contradições. Um dos sítios onde se têm notado mais as alterações sofridas pelas famílias é a escola. Famílias desestruturadas geram crianças desamparadas emocionalmente.
E este é um assunto de que muito se tem falado ao nível da educação. A família desarticulada, mesmo que aparentemente unida, está no centro das nossas preocupações de educadores.
Já tenho trabalhado em escolas onde colegas se recusam a realizar actividades comemorativas do Dia do Pai ou da Mãe...porque pais ou mães vivem tão ocupados que não podem despender uma hora que seja para participar num encontro com os filhos nesses momentos.
Mães e pais, mergulhados na vida profissional, delegam em amas, avós e, mesmo nos professores, responsabilidades básicas que somente os pais estão capacitados para assumir.
Tarefa fundamental dos pais: dar tempo aos filhos. Falar com eles. Mesmo que os filhos reclamem dos "sermões" maternos e paternos, podem ter a certeza de que são essas palavras que ficam, em forma de lembrança, ensinamentos profundos, âncoras para quando vierem os tais dias de tempestade.
A falta de tempo para conviver em família faz da família apenas uma farsa e da educação familiar apenas uma ilusão.
Não basta estarmos todos juntos ao mesmo tempo dentro de casa. É preciso mesmo viver esse tempo com qualidade!
Ensinar é realmente uma arte. Uma arte difícil, que exige sensibilidade extrema para perceber as disposições de cada aluno, para detectar o grau de maturidade intelectual e emocional de cada aluno, para permitir que o próprio aluno entre em contacto com a necessidade pessoal de buscar a verdade.
Ensinar é mais difícil do que aprender porque ensinar significa: deixar aprender. Deixar aprender é transmitir o entusiasmo irresistível de quem se comprometeu radicalmente com a realidade. O professor entusiasmado faz os alunos descobrirem, em clima de reverência (sem expulsar o bom humor), que aprender é emocionante porque tem a ver com o sentido da vida.
Deixar o outro aprender é deixá-lo ver as realidades contrastantes que se harmonizam numa visão abrangente, numa visão filosófica da realidade. A realidade é matizada, e também precisamos deixar que ela se manifeste.
Deixar que o outro aprenda não é deixar de dar aulas. É cultivar o conhecimento integral da realidade, atitude que nada tem a ver com o conhecimento exaustivo das coisas, com a tentação epistemológica da análise avassaladora, com o domínio antecipado de categorias às quais o real deverá ajustar-se, custe o que custar.
Isto é, deixar aprender é deixar que o conhecimento nasça, que o conhecedor renasça a cada novo conhecimento, é deixar que cada um se reconheça no acto de aprender.
O resto é pedagogia.
De novo foram publicados os famigerados rankings. E de novo(que surpresa!), lá estavam nos primeiros lugares da lista, as escolas particulares e os colégios privados. E eu pergunto se alguém se surpreende com este facto.
Estes resultados poderiam ser equiparados aos de uma corrida em que competissem, lado a lado, atletas de alta competição e idosos de 80 anos! Seria justa esta corrida? Pois, também não me parece que o seja esta comparação feita anualmente entre as escolas públicas, que têm que receber todos os alunos, e os colégios privados, que seleccionam criteriosamente aqueles que o irão frequentar.
Há ainda, para além de tudo isto, o facto de que um aluno que cause algum tipo de problema numa escola privada, é imediatamente "convidado" a sair, enquanto as escolas públicas se vêem a braços com alunos provenientes de famílias disfuncionais, desequilibradas, vivendo muitas delas no limiar da pobreza e alguns já com antecedentes de delinquência precoce. E, com o novo estatuto do aluno, não houve alterações que viessem dar resposta a estes problemas pois todos os alunos que estejam dentro da escolaridade obrigatória, têm que frequentar uma escola mesmo que o façam apenas para causar distúrbios e prejudicar todos os outros que tiverem a infelicidade de ficar nas suas turmas.
A divulgação deste ranking é um atentado aos professores que se esforçam diariamente para que os seus alunos, pelo menos, aprendam a comportar-se dentro de uma sala de aula.
Mal comparado, ninguém consegue fazer pratos de alta cozinha com ingredientes que não sejam de primeira qualidade. O que eu gostaria realmente de ver era esses professores das escolas "finesses" a fazerem o mesmo brilharete numa qualquer escola de um bairro problemático...
Os 11 Mandamentos das crianças aos pais
Como todos nós sabemos, o tempo de brincadeira facilita o desenvolvimento da imaginação, da cooperação e da partilha. Brincar é uma forma muito importante de aprender. Actualmente, segundo opinião de psicólogos e pedopsiquiatras conceituados, a criança passa um número exagerado de horas na escola, sempre em situação de aprendizagem e de controlo.
Muitas vezes chegam a casa já tarde e resta apenas o tempo de tomar banho, jantar e deitar, tal o cansaço que sentem devido ao dia preenchido que passaram.
No entanto, brincar é indispensável para a criança porque lhe dá prazer e contribui para o seu crescimento. Muitas vezes é muito mais fácil para os pais, também exaustos depois de um dia de trabalho, colocar a criança em frente ao televisor do que permitir do que corra e brinque pela casa desarrumando brinquedos e fazendo barulho. Mas é muito mais saudável e benéfico que se movimente do que seja "forçada" a estar sossegada.
As crianças são curiosas por natureza e sentem sempre muita necessidade de fazer perguntas e de contar coisas. É fundamental que nunca lhes mostremos enfado pois acabarão por deixar de partilhar connosco os seus pensamentos e ansiedades. Quando querem contar as suas histórias, umas reais e outras inventadas, é importante dar-lhes atenção e manter o diálogo pois fará com que se sintam felizes e amadas.
Continuando a minha reflexão sobre a importância que a escola tem na vida das crianças, considero que uma boa relação entre a escola e os pais é, muitas vezes, o segredo do êxito escolar da criança, bem como da sua alegria e segurança por isso é muito importante que, no início da escolaridade, os pais falem com os filhos sobre a escola e lhes expliquem, por palavras simples e carinhosas porque é que os meninos vão à escola e como se processa o funcionamento da mesma já que se trata de um novo mundo onde a criança necessita de se integrar.
Uma das atitudes mais importantes dos pais em relação à escola é mostrarem interesse por tudo o que se lá passa, dialogando com a criança sobre o seu dia a dia. É também muito importante acompanhá-las na realização dos seus trabalhos escolares para fazer em casa. Muitas vezes, a criança não precisa de ajuda, mas gosta de sentir os pais próximos, de sentir que se interessam por ela e pelo que está a fazer.
Se a criança tiver algumas dúvidas, ao invés de lhe ser fornecida imediatamente a resposta, é muito mais proveitoso colocar-lhe várias alternativas e deixá-la encontrar a solução adequada acabando, assim, por adquirir confiança nas suas capacidades.
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