Sempre adorei o Natal! Começava muito cedo a elaborar a lista dos presentes que teria que comprar, a ementa dos bolos, doces e outras iguarias a confeccionar, a decorar a casa toda de acordo com o espírito natalício...enfim, uma azáfama que me enchia de felicidade!
Há uns anitos, poucos, comecei a notar que o meu entusiasmo decrescera. A decoração era feita cada vez mais tarde, as prendas adiadas um e outro dia e um certo desejo de que as festas passassem o mais depressa possível, como se de uma visita ao dentista se tratasse.
Este ano, pelas mais diversas razões, o ânimo ainda é menor e, se a fadinha dos desejos me aparecesse à frente, certamente que um dos meus desejos seria adormecer aí por volta do dia 20 de Dezembro e só acordar em 2010. É a mais pura e deprimente das verdades!
As pessoas em redor da mesa têm diminuído ano após ano, e a sua falta faz-se ainda sentir mais nesta época dedicada à família. Crianças pequenas, que tanto animam o Natal, já não há. E então, no meio de um turbilhão de pensamentos melancólicos, vêm-me à ideia outros Natais. Natais da minha infância em que o dinheiro não abundava mas a felicidade...essa, era pura e genuína. Recordo as minhas avós, amassando as azevias (pastéis de grão) pelo serão fora, enquanto o resto da família se reunia em volta da grande lareira, contando histórias e anedotas.
A impaciência para nos deitarmos era exclusiva dessa noite, uma vez que sabíamos bem que o Menino Jesus só apareceria para colocar os nossos presentes, no sapatinho que deixávamos na chaminé, depois de as crianças se deitarem pois, vá-se lá saber porquê, não queria ser visto por nenhuma. Apenas os adultos o podiam ver, como se gabavam na manhã seguinte, enquanto nós desembrulhávamos o que nos tinha calhado em sorte, numa excitação sem igual.
Nesse tempo, ninguém ouvira ainda falar do Pai Natal. O tempo era do Menino... Que saudades, meu Deus, desses e outros Natais!
Hoje é um "dia santo", o que é diferente de ser um "dia feriado". Os dias santos são do foro canónico enquanto os feriados pertencem ao foro civil. Dias como o de amanhã já são muito poucos, apenas o 1º de Janeiro, Dia de Santa Maria, Mãe de Deus; a Sexta-feira Santa, antes do Domingo de Páscoa; a Festa do Corpo de Deus, sempre a uma 5º-feira; a Assunção da Virgem Santa Maria, a 15 de Agosto; o Dia de Todos os Santos, a 1 de Novembro; a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, a 8 de Dezembro, e no preciso mês, o Natal do Senhor, a 25.
A festa de amanhã é o Corpo de Deus, uma solenidade que começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade belga de Liège, tendo sido alargada universalmente pelo Papa Urbano IV através da bula "Transitus", em 1264, dotando-a com Missa e ofício próprios.
Terá chegado a Portugal provavelmente nos finais do séc. XIII e tomou a denominação de Festa do Corpo de Deus, embora o mistério e a festa da Eucaristia seja o Corpo de Cristo. Esta exultação popular da Euraristia é manifestada no 60º dia após a Páscoa e forçosamente numa 5ª-feira, fazendo assim a união íntima com a última Ceia, de Quinta-feira Santa.
Fonte: agência ecclesia
O 1º de Maio é celebrado mundialmente como o "Dia do Trabalhador". Mas esta data tem uma história.
A "miséria imerecida"
Em finais do século XIX, com o início da industrialização, começaram a aparecer novos problemas relacionados com o trabalho. O Papa Leão XIII dá conta do "temível conflito" que se estava a gerar "entre o mundo do capital e o do trabalho" dando lugar a uma situação de "miséria imerecida" (encíclica "Rerum Novarum", 15-05-1891).
Um dos principais problemas que atingiam os operários era o horário de trabalho. Trabalhava-se de sol-a-sol, como os agricultores. Alguns reformadores sociais já tinham proposto, em várias épocas, a ideia de dividir o dia em três períodos: oito horas de trabalho, oito horas de sono e oito horas de lazer e estudo, proposta que, como sempre, era vista como utópica pelos empregadores.
Com o desenvolvimento do associativismo operário, e particularmente do sindicalismo, a proposta da jornada de oito horas tornou-se um dos objectivos centrais das lutas operárias e também causa de violentas repressões e de inúmeras prisões e até morte de trabalhadores.
Os "Mártires de Chicago"
No 1º de Maio de 1886, milhares de trabalhadores de Chicago (Estados Unidos da América), tal como de muitas outras cidades americanas, foram para a rua, exigindo o horário de oito horas de trabalho por dia. No dia 4 de Maio, durante novas manifestações, uma explosão serviu de pretexto para a repressão brutal que se seguiu, que provocou mais de 100 mortes e a prisão de dezenas de operários.
Este acontecimento, que ficou conhecido como os "Mártires de Chicago", tornou-se o símbolo e marco para uma luta que, a partir daí, se generalizou por todo o mundo.
Os novos problemas
Passados todos estes anos, a história do movimento operário continua a ser feita de avanços e recuos, vitórias e derrotas. Entre nós, a luta pelo horário de oito horas também tem uma longa história. Só em Maio de 1996 o Parlamento aprovou a lei da semana de 40 horas (oito horas diárias de segunda a sexta feira). No entanto, as horas extras e o trabalho em fins de semana, acabam muitas vezes por anular as conquistas consignadas na lei.
As novas formas de organização do trabalho, a precarização e a globalização vem trazer novos problemas que os trabalhadores têm que enfrentar.
A exploração do trabalho infantil e da mulher, bem como dos imigrantes são um desafio permanente à imaginação e à capacidade de organização e de luta dos trabalhadores.
Esperemos que melhores dias se avizinhem porque para mal...já basta assim!
Ontem foi Dia das Mentiras que é, oficialmente, o único dia do ano em que faltar à verdade é algo que não se considera condenável e que até se presta a umas partidas divertidas, desde que não de mau gosto.
O ideal era realmente que todos os outros 364 dias do ano (365 no caso deste ano) fossem dias de sermos sinceros e verdadeiros com os que nos rodeiam. No entanto, estudos e estatísticas indicam que entre falsos elogios e desculpas esfarrapadas, mentimos cerca de 200 vezes por dia o que dá uma média de uma vez em cada cinco minutos. É de uma pessoa ficar apavorada! Isto quer dizer que se estivermos uma hora a falar com uma amiga (e Deus sabe que isso acontece sem nós darmos por isso para desespero dos nossos maridos quando o encontro calha a ser num supermercado) é sinal que ela nos pregou uma porção de petas, atrás umas das outras e, para não lhe ficarmos atrás, nós lhe fizemos o mesmo a ela.
Peço muita desculpa aos senhores do estudo e da estatística mas parece-me um bocadinho de exagero! É verdade que há pessoas que parecem não conseguir abrir a boca sem sair de lá um sem fim de aldrabices mas a esses, ao fim de um certo tempinho de os conhecermos, já lhes conhecemos as manhas e só aproveitamos da conversa o que quisermos. Agora acreditar que toda a gente passa o dia a inventar um sem número de historietas e a pregar "patacoadas" a este e àquela não me parecer ser muito correcto.
Da minha parte, acredito que a sinceridade é uma das minhas qualidades e não vou agora começar a enganar meio mundo com falsidades só para satisfazer os referidos senhores de tão importante estudo!
A Quinta-feira da Ascensão é uma festa religiosa católica. Há locais onde é dia feriado, como é o caso de Beja, Alvito, etc.
Celebra a ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido crucificado e de ter ressuscitado.
Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas iam para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres.
Com elas, formavam um ramo com: espigas de trigo, ramos de oliveira, malmequeres e papoilas. O ramo podia também incluir centeio, cevada, aveia, margaridas, pampilhos, etc. Cada elemento simboliza um desejo:
O ramo deve ser guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
Acredita-se que este costume, que surge mais no centro e sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos.
No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que vem bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
Embora seja uma tradição quase perdida, como tantas outras, aqui pelo nosso cantinho ainda podemos ver muitas pessoas que desejam conservá-la e mantêm a superstição de que sem o ramo pendurado em casa a sorte não lhes sorrirá.
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